Capítulo XI -Aizawa questiona as suas escolhas na vida - Parte II

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Quão conveniente.

-Turbo? Nesse caso...

-Agora não, Ingenium.

O herói que segurava um felino branco nas mãos deu uma risada encabulada.

A garota – Hatsume, e esse sobrenome não trazia problemas? – apenas sorria como se toda a situação fosse a coisa mais natural do mundo.

E Naomasa sabia que aquela madrugada seria exaustiva.

-Alguém pegue os gatos, por favor.

Ele não precisou pedir duas vezes, e logo seus oficiais estavam andando na sala como galinhas pegando os felinos que subiam nas coisas. Alguns escalaram Midoriya fugindo deles, e agora ele tinha um gato gigante nos braços, o mal-encarado em sua cabeça, dois pendurados nos ombros e alguns escalando suas pernas.

-Desculpe por isso. Eu sinto muito, muito mesmo. Deixe me ajudar. Desculpe. – Ouviu um arfar surpreso e o garoto ficou imóvel, os olhos vidrados em algo. Estava pronto para o chamar preocupado quando ele apontou, a voz trêmula. – Ele tem uma cabeça de gato.

Tamakawa ergueu a cabeça de onde estava tentando pegar um dos animais debaixo da mesa e olhou alarmado.

-Awn. – Ingenium comentou do seu lado. – Ele é adorável.

Quando ele tentou se aproximar os gatos em Midoriya deram miados ameaçadores, o mal-encarado na cabeça tentando arranhar a mão do herói. Ele saiu do seu transe e começou a se desmanchar em desculpas novamente.

-Catchan! Gato mal!

Seria uma longa, longa madrugada.

.............................

Meia-hora depois eles tinham um número exorbitante de gatos e os dois adolescentes em sua sala. Ingenium estava sentado na poltrona, alguns dos felinos em cima dele, mas os mais 'protetores' ainda estavam em Midoriya e Hatsume, olhando para ele com desconfiança clara.

-Então, podem me explicar o que aconteceu? Ingenium?

-Alguns dos estagiários encontraram os dois andando em um carro não identificado, dirigindo sem habilitação e em direção perigosa. Eles os pararam primeiro porque Midoriya... Ou é Shimizu? Enfim, ele estava no teto no carro.

Midoriya ergueu a mão, o rosto ainda envergonhado.

-Os gatos saíram da gaiola, um deles estava saindo pela janela e eu tentei segurar e acabei saindo também e a gente não conseguia parar porquemeinãosabiacomopararexatamenteparecequeelaesqueceuessedetalhe...

Hatsume colocou a mão na boca dele e o calou, dando batidinhas nas costas dele para o ajudar a respirar. Supostamente.

Os olhos verdes o fitaram com um pedido de desculpas.

- Pelo o que entendi – o pouco que entendeu. – Você tentou salvar os gatos e acabou no teto do carro, explicado. Ainda estavam dirigindo ilegalmente um carro a essa hora da madrugada.

-Tecnicamente não estávamos dirigindo um carro. – Hatsume ergueu a mão. – Christine é remoto. Eu mesma construí. – Ela terminou de forma orgulhosa.

-E quem estava no controle de... Christine? – Ingenium ainda dava corda, o miserável.

-Ninguém que pode provar? – A voz do garoto foi hesitante, os dois se olharam e ele continuou, mais confiante. – E Mei construiu o veículo, tecnicamente não é um carro, não existe um igual. Se não existe um igual, não existe lei sobre ele ainda então...

-Ele me parece um carro. – Não acreditava que estava dando corda também.

-O oficial Tamakawa parece um gato, mas não é um gato.

A teoria do caosWhere stories live. Discover now