Docê Ilusão.(Conto bonus)

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                     Théo

Eu sempre achei que ele ia me assumir. Juras e juras de amor... Será que eu que fui ingênuo demais ou será ele que foi um canalha?

_____

Dodói.

Era um dia de sol, estava fresco e ventava muito. As árvores balançavam  lá e pra cá, fazendo um barulho gostoso. Eu estava no chão, tinha caído e relado um pouco. Mas me fiz de forte e engoli as lágrimas. Mas estava difícil, doía muito! Vi um garoto passando e ao me ver caído, se aproximou. Me perguntou como eu estava e eu disse que doendo, apontando para meu machucado. Ele deu uma risada, um sorriso amigável, que me fez sorrir também. Me pegou no colo e antes de eu falar qualquer coisa, perguntou onde era minha casa. Falei que era no fim da rua e ele me levou até lá, me dando um beijo na testa. ele tocou a campainha e logo minha mãe apareceu com o avental dela, tomou um susto quando me viu no colo dele.

O garoto me entregou para minha mãe, e quando sai de seus braços me senti meio vazio, ela me pegou e perguntou o que aconteceu, ele fez uma cara e disse que não sabia de nada, minha mãe sorriu e convidou ele pra entrar e comer um pedaço de bolo, mas ele rejeitou e disse que a mãe dele estava chamando. Minha mãe perguntou onde ele morava e para minha surpresa era do lado da minha casa. Ele disse que era novo e que tinha acabado de se mudar.

Ingênuo.  

Um ano havia se passado e minha mãe ficou amiga da vizinha Iara, mãe do Carlinhos. Ele gostava de brincar comigo e eu com ele, mas as vezes ele me deixava de lado, acho que por eu ser menor não sei.

Bom pelo menos ele não me deixava sozinho, mas naquele dia na escolinha, eu andava em direção a porta de saída para encontrar com meu pai na esquina da escola, ele estava lá com seus amigos, um deles me xingou de viadinho, eu não sabia o que era, mas devia ser algo legal porque ele Carlinhos riu, e ele é lindo sorrindo.

***
O tempo foi passando, anos foram se passando...

Eu estava no primeiro ano quando ele veio me pedir cola. Era 3 anos mais velho que eu, mais já havia perdido dois anos. Eu estava adiantado é claro, entrei cedo na escola e por ser inteligente sofria, com isso, mas pelo menos ele ainda falava comigo.

Éramos muito amigos, era difícil ficarmos separados. Ele só esquecia de mim, quando estava com alguns colegas. Fora isso, nunca me abandonou ou tratou diferente na frente de outras pessoas.

Paixão.

Mais anos e anos foram se passando...

Eu e ele estávamos tão distantes e ao mesmo tempo tão perto, nós não brincavamos mais, nos afastamos um pouco, mas muito pouco. Também, já tínhamos entrado na adolescência, nem dava mais pra brincar tanto.

Mas naquele dia teria um jantar na casa da dona Iara e ela convidou minha família, eu estava animado, mal sabia o que me esperava. Aquele dia tinha passado rápido, estava vestido com um terninho, eu estava me sentindo o CARA.

Resolvi ir primeiro que meus pais e  chegando lá estava tudo lindo a casa estava toda enfeitada, vi todo mundo menos quem eu queria ver, eu sentei no sofá e esperei, conversa de gente adulta era uma chatice sem tamanho.

Depois de um tempo, perguntei a Iara onde o Carlos se encontrava ela disse que ele estava se arrumando. Eu disse a minha mãe que ia tomar um ar, quando sai, estava intretido olhando tudo em volta que não notei ele se aproximando e se jogando em cima de mim. Ele havia pulado a janela. Um belo maluco! — começamos a conversar e a mãe dele começou a nos chamar para entrar.   

A noite correu bem, sem muitas emoções e pouco depois das dez eu fui pra casa.

Eu acordei com um barulho, estava escuro demais dentro do quarto. Ouvi uma voz baixa e uma pedra sendo jogada na minha janela, fui até a mesma e abri. Era ele! Sua voz soou meio encabulada, sem graça.

Contos de fodas [Gay]Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ