Eae, vamo se iludir?
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Tirou os tênis e desceu as escadas, apesar dos 18 anos, Erik era o responsável por ela, segundo os falecidos pais da garota (sabe Deus o que seus pais tinham na cabeça).
-Eu sou seu tutor até os 21. Antes disso você faz o que eu quero que faça. E ponto. - podia ouvir a voz dele ecoando em sua cabeça.
Por mais que sentisse ganas de matar o homem, Sn gostava dele. Gostava muito.
Mais do que deveria.
Quem não gostaria afinal?
Prendeu a respiração e passou pelo corredor correndo, em direção a porta, o céu escuro de Wakanda pintando pelas estrelas, calçou novamente os tênis e foi de fininho atrás de sua bicicleta, uma de suas amigas, Thana daria uma festa e ela tinha que ir. Precisava beber e dançar até esquecer Erik. Esquecer o cara que ela deveria ver como um... Irmão mais velho?
Balançou a cabeça, colocou o celular no sutiã e pedalou para longo de casa, rumo ao centro da cidade. Ela estaria muito ferrada quando Erik descobrisse, isso se ele descobrisse. Meia hora depois ela estacionou a bike na garagem da casa dos pais de Thana e ouviu a batida eletrônica balançando o vidro das janelas, adolescentes bêbados dançavam na porta e Sn animada, ela seria a próxima. Precisava muito de um ponche. Com vodca de preferência.
-Alô gatinha! - Thana a abraçou quando entrou e a deu uma garrafa de cerveja, um carinha da escola no encalço da amiga.
-Hey baby, isso tá um estouro. - comentou pegando a garrafa e bebendo.
-Cadê o gatinho? Não veio? - Thana alfinetou.
-Vamos esquecer do Erik. Preciso beber até esquecer meu nome.
-Seja feita a tua vontade! - e foi arrastada para a festa.
···
Como todas as bêbadas já fizeram alguma vez na vida, Sn dançava em cima da mesa, já há muito alterada. Não ouviu o barulho do lado de fora da casa, não ouviu as portas serem abertas violentamente. Ela ouviu somente o urro enfurecido de Erik.
-SN!
Ela abriu os olhos assustada, vendo o tutor na porta, parecendo um felino bravo. E toda sua coragem sumiu junto com o álcool.
Erik olhou a protegida sobre a mesa, sem a camisa, o short jeans aberto e cabelos bagunçado. Uma bela bagunça para aqueles adolescentes cheio de hormônios loucos pra tocar naquilo que ninguém poderia. E isso deixava-o raivoso. Empurrando os garotos paga o lado, ele foi até a mesa, fazendo ela sentar de bunda na mesa, a pegou no colo e jogou a garota sobre o ombro.
-Qual é... - um garoto começou a falar.
-Some da minha frente. - Killmonger quase rosnou. O garoto saiu.
-Eu tô dançando Erik! - Sn esmurrou as costas dele.
-Eu vi! Todos viram - falou saindo da casa, ouvindo as vaias dos adolescentes - punheteiros do caralho.
Sn riu ouvindo-o xingar. Mas ela mesma xingou ao ser jogada contra o banco do carro.
-Vamos ter uma longa conversa quando chegarmos em casa, pirralha. - ele disse bravo.
Sn riu, antes de desmaiar no banco de trás do carro.
Quando acordou, estava debaixo do chuveiro, com água gelada sobre a cabeça.
-T-Tá frio E-Erik... - gaguejar pondo os braços em torno do corpo.
-É o mínimo que você merece, pirralha. - ele disse fechando a registro do chuveiro e dando uma toalha a ela - Quem mandou você ir naquela festa, Sn?
-Minha vontade.
-E desde quando você tem vontade dentro dessa casa?
-Você é um tirano Erik! - falou saindo do box e batendo o ombro no dele - E você não manda em mim!
Erik a puxou pelo braço, fazendo o corpo bater no dela, Sn acabou põe deixar a toalha cair. Quando ela tinha ficado somente de lingerie?
Oh santo Deus.
-Claro que eu mando, amor. - ele falou dando um sorriso perverso - Eu mando completamente.
Sn sentiu o corpo eriçar.
-Olha a audácia do filho da puta.
Ele riu.
-Você estava nua sobre uma mesa, bêbada como um velho. Não deveria nem ter saído de casa.
