Cansada de tantas traições, Emma desiste dos relacionamentos e resolve focar sua energia apenas em seus estudos. Mas ela não imaginava que ficar sem sexo seria tão difícil, assim como nunca passou pela sua cabeça que seu professor seria seu novo par...
Mordisco a tampa da caneta enquanto observo os ponteiros do relógio acima da lousa. Suspiro observando agora as pessoas ao meu redor, eu não fazia ideia de que a falta de sexo mexeria tanto com minha concentração. Vejo que Alan - Um garoto popular e conhecido pelas suas conquistas. - Está me encarando, com um sorriso pervertido no rosto. Ele era um alvo fácil, mas me traria muita dor de cabeça depois, a última coisa que preciso é ter meu nome rodando pela faculdade pelo motivo errado.
Sempre gostei de namorar, e de fazer sexo, mas sabe aquele ditado "Quem não come bem em casa vai procurar na rua"? É pura balela, em todos os relacionamentos que tive fui traída, acho que possuo um imã para cafajestes, ou talvez apenas os cafajestes transem bem o bastante para me segurar. Enfim, no inicio desse ano após terminar meu ultimo relacionamento decidi que apenas me concentraria nos estudos, sem compromisso com mais ninguém. Eu não imaginava que seria tão difícil.
–Senhorita Campbell! –Ouço meu nome ecoar. –Senhorita Campbell?
–Eu! –Respondo nervosa, derrubando a caneta que estava em meus lábios no chão.
–Sei que duas horas e meia de aula sem parar é muito estressante... –Diz meu professor de gestão, caminhando até mim. –Mas corta meu coração ver a aluna mais prestigiada dessa faculdade perdida nos pensamentos enquanto explico um assunto tão importante. –Ele se agacha e pega a caneta no chão. –Me faz pensar que minha aula é incrivelmente chata. –Ele se levanta e estende a caneta para mim, enquanto me fita com seus olhos azuis.
–Nunca. –Digo sorrindo, pegando o objeto com rapidez. –Se eu tivesse que escolher diria que você é o melhor docente dessa instituição.
Nico Delacruz, o famoso professor de gestão, sua beleza acompanha sua fama, rosto fino e olhos azulados, um corpo esbelto que mesmo coberto pelas roupas sociais fica em evidência e seu cabelo castanho enrolado, como um pequeno anjo do tesão. os rumores são que ele dorme com as alunas que mais chamam sua atenção, mas precisa ser discreto o suficiente para não chegar até a direção, as diretrizes da faculdade sobre relacionamento entre alunos e funcionários são pesadas, já houve casos de demissões no passado. E mesmo sabendo do risco ele continua com encontro casuais com suas alunas, ele gosta daquilo que é proibido. Suzannah Cherrys, aluna do sexto semestre, aparentemente é a sua companhia favorita , já que sempre a vejo saindo de fininho de seu apartamento. Isso me lembra algo que esqueci de comentar : Moramos no mesmo prédio, mais especificamente nossas portas são vizinhas, então sei bem que os tais "rumores" são verdadeiros, assim como sei que ele sabe fazer muito bem o que faz, as paredes são finas e preciso confessar, são os gemidos abafados e os som dos corpos se encontrando que me fizeram aguentar até hoje sem transar, me masturbar o ouvindo tem sido meu passatempo predileto.
–Professor, posso conversar com o senhor? –Pergunto, no momento em que a aula acaba e vejo que grande parte dos alunos saíram da sala.
–Senhor? –Ele ri, guardando seus materiais numa maleta. –Não sabia que estava tão acabado assim.
–Nada disso, mais conservado impossível... –Dou um sorriso o olhando de cima abaixo, e percebendo que ele entendeu minhas intenções.
–Mas então... O que veio me falar? –Pergunta.
–Gostaria de saber se poderia me dar uma carona até em casa, sei que essa foi sua ultima aula de hoje. – Digo, pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha. –E também.... –Dessa vez chego mais perto, encostando meus lábios perto de seu ouvido. –Gostaria de te chamar para um jantar na minha casa, uma comemoração pelo meu 10 nessa última prova.
Ele então me afasta com a palma da mão, desconsertado, e olha ao redor sorrindo, logo após arrumar suas coisas ele se volta para mim e diz com um tom sedutor.
–Me espera no posto de gasolina na esquina, eu te pego lá em dez minutos, certo?
–Perfeito. –Digo abrindo um sorriso.
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