Nove

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— É a primeira vez que venho aqui — é ela quem faz o movimento, e gosto disso, uma mulher decidida

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— É a primeira vez que venho aqui — é ela quem faz o movimento, e gosto disso, uma mulher decidida. — Estou surpresa pelo requinte sem a frieza esperada desses restaurantes com esse nível. O pessoal é simpático e organizado.

Rio.

— Você é da área — constato e me viro para ela, girando a poltrona em sua direção.

— Sou. — Sorri finalmente, e me sinto extasiado com a perfeição do gesto. Os olhos ficam levemente puxadinhos, e sua face inteira se ilumina. A mulher fica absurdamente linda quando sorri. Meu interesse é real agora. — Mas hoje vim como cliente.

— Eu só venho como cliente — brinco. — Não sei fritar um ovo!

Ela ri de novo e toma um gole de seu vinho.

— O que seria dos restaurantes se todos soubessem ou gostassem de cozinhar? — Levanta sua taça em minha direção. — Aos que são apenas clientes e podem desfrutar de uma deliciosa refeição sem ficar avaliando cada nuance do prato.

— Justo! — Brindo com ela. — Qual sua formação?

— Cozinha francesa. Diplôme de cuisini e pâtisserie.

Uau!

Meu corpo inteiro vibra e meu pau reage ao som do seu perfeito sotaque francês. Acompanho sua boca em volta da borda da taça de vinho, o leve ondular de sua garganta sorvendo a bebida e sua língua resgatando os resquícios da bebida em seus lábios.

Abaixo a cabeça e bebo um longo gole do uísque, tentando não parecer um tarado assediador, mas louco para perguntar se ela prefere na minha casa ou na dela.

— Pelo francês perfeito presumo que tenha estudado na França... — Ela concorda com um sorriso. — Le Cordón Bleu?

Naturellement. Estudar gastronomia na França sem ser em Le Cordón Bleu é como ir a Roma e não ver o Papa!

Gargalho com sua comparação e a saúdo com minha bebida.

— É como ir até a Escócia e não provar um verdadeiro uísque.

Levo o copo até a boca e acompanho o olhar dela em mim.

— Sua escolha de bebida me surpreendeu — ela comenta, e franzo o cenho, olhando meu bom e velho single malte e me perguntando qual é o problema com ele. — É uma bebida conservadora, nada sofisticada, ao meu entender, não combinou muito. — Aponta para mim.

Finjo-me de ofendido, embora segure a risada, e cruzo os braços.

— E você é uma entendida em bebidas também? — provoco-a.

A risada dela é tão melodiosa que parece música, seus olhos se iluminam e as bochechas ficam levemente rosadas. Perfeita!

— Nem queira saber! — Beberica um pouco do seu vinho. — Praticamente cresci cercada delas.

Theo - Os Karamanlis #1 (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora