O Meu Melhor Natal

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Acordei bem cedo hoje de manhã para fazer a melhor sobremesa que já fiz. Sei que não é algo tão complicado como uma banana flambada que vi o Cris fazer, mas fiz a gelatina colorida com tanto carinho para ser decepcionada com a voz do Eduardo reclamar:

― Quem conseguiu estragar uma gelatina colorida?

Meu Deus. O que será que aconteceu?

— Miga. O que você fez com o seu doce? — Vi me pergunta bem baixinho.

— Fiz do jeito que aprendi.

— Lelê. O que você inventou aqui? — Cris solta um riso contagiante do outro lado. — Como você hidratou essa gelatina sem sabor?

— E gelatina precisa hidratar? — questiono.

Eles me olham, incrédulos.

— Mãe. Não come isso — diz Cris retirando a sobremesa da mão de Marta.

— Vou levar isso para a cozinha — Anuncia Vi levando a minha sobremesa para longe.

Poxa fiz com tanto carinho.

— Vamos então de pudim? — Questiona Dona Marta. — Não fique triste, meu amor. Nem todos tem facilidade na cozinha. Se você quiser te ensino assim como fiz com o Cris.

— Obrigada Marta. Seria ótimo.

Depois do constrangimento da sobremesa, a noite rendeu. Eduardo e Lucas começaram a cantoria. Lucas fez questão de cantar umas músicas românticas para Vi que ficou ainda mais apaixonada. Eduardo tentando reduzir o clima excessivamente romântico tocou músicas mais animadas.

Ficamos a maioria do tempo no sofá da sala ouvindo-os tocar e rindo com a performance estranha de Eduardo com músicas cantadas por mulheres. Quando dei por mim, já eram duas da manhã.

— Nossa. Já está bem tarde — Comento chamando a atenção de Vi.

— É sério que você quer sair ainda hoje? — Perguntou ela. — Está tão legal aqui com os meninos.

— Também estou achando. Meu melhor Natal — sorrio olhando para quem eu não deveria estar observando. O chato de covinhas maravilhosas que se esforçou muito para que eu estivesse aqui.

— Então, por que você quer ir embora?

— Hoje eu não vou — respondo sorrindo para ela e a abraçando.

De repente, Marta que eu achava que estava dormindo, surge com vários presentes.

— Papai Noel chegou, meus amores — Anuncia ela sorridente.

— Gente, nem planejei presente de Natal — Comenta Vi, assustada. — Cris falou que não precisava.

— Não tem problema. Amanhã você compra para gente. — Eduardo brinca.

— Até de mim você esqueceu, Vi? — Questiona Lucas visivelmente chateado parando de tocar na hora. — Por essa eu não esperava.

— Seu presente está em casa, amoreco — responde ela, sorridente, sendo replicada por uma piscada de olho.

— Tenho presente para todos. E não quero presente, já me sinto presenteada com a presença de todos vocês — fala Marta visivelmente contente com o natal.

Sabe quando a gente conhece algumas pessoas que conquista a nossa amizade e carinho de graça? Marta é esse tipo de pessoa. Ela me conquistou de graça com a sua simpatia e hospitalidade. A conheci hoje, mas sei que é uma pessoa maravilhosa. Já chama a mim e a Vi de filha.

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