Capítulo VIII - Endeavor precisa esfriar a cabeça

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O pai de Mei tinha uma das maiores companhias de suporte para heróis atualmente. De repente seu projeto de nanotecnologia não parecia impossível sem ter que vender algum órgão seu.

'Foi apenas o medo de ela me entregar, não fui comprado.'

Repetiria isso quantas vezes fosse preciso a si mesmo até acreditar.

E Mei era um gênio.

Fazia tanto tempo que não conseguia conversar com alguém sem ter que explicar pormenores, que sentia vontade de chorar.

-Ah, Shimizu, os bebês que podemos fazer juntos.

'E isso não soou nada estranho.'

-Eu preciso de mais café.

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Nos dias que se seguiram, Aizawa tentou justificar a si mesmo que não podia simplesmente espionar um aluno – que nem mesmo era aluno ainda – em casa. O garoto estava bem, todos haviam falado. Havia levado o caso para Naomasa, que com uma investigação vergonhosamente breve havia descoberto que o garoto e o tio haviam retornado da Europa meses atrás e se mudado para Hosu.

Toda a dificuldade por um maldito sobrenome. O cenário todo parecia inocente, sem suspeitas. Ele havia levado o sobrinho para fora do país, retornando recentemente, provavelmente porque o garoto queria ir para U.A. O tio tinha um emprego de consultante, o que explicava o que o outro loiro idiota tinha falado sobre o tio viajar bastante. Tudo indicava que Izuku Midoriya nunca havia sido uma das crianças sem quirk desaparecidas para começo de conversa, e todo o caso havia sido apenas um mal-entendido.

E ainda assim, Aizawa sabia que havia algo de errado. Tudo era perfeito demais. Tudo muito bem justificado. E havia alguns pontos que o deixavam com um pé atrás: Primeiro, o garoto era emancipado, recentemente. O processo havia ocorrido já no Japão. Segundo, apesar de uma boa renda, eles moravam em Hosu. E terceiro, ainda não havia nada sobre o tio até ele vir buscar Midoriya anos atrás. Absolutamente nada, como se ele tivesse surgido do ar, e sumido da mesma forma.

Havia algo de errado, mas não tinha provas, e odiava isso.

Então, é, ninguém iria lhe falar que estava agindo errado quando começou a patrulhar mais em Hosu nos últimos tempos. Por um lado, tinha mais encontros com o gato irritante e – pior – Endeavor. Por outro podia visitar Tensei, e ainda tinha uma desculpa para passar casualmente no apartamento que sabia que a criança problemática morava.

Obviamente, pelo horário, ele nunca o via, apesar da luz de um dos apartamentos ficar acesa até alta madrugada, sempre quando passava no final da patrulha.

Apenas no meio da segunda semana ele teve alguma sorte.

Havia sido uma noite estranha, Noraneko havia aparecido apenas no começo da noite, para começar. Ouvira Tensei comentando sobre Hawks ter contado a ele que Nora havia tido mais um encontro com Endeavor. Dessa vez havia envolvido um balde de água gelada caindo de um prédio para apagar as chamas do herói número dois enquanto ele dava uma entrevista.

O que provavelmente era alguma retaliação sobre o último encontro dos dois.

Podia falar tudo sobre o vigilante irritante, mas ele nunca saia do caminho dele propositalmente para provocar algum herói, então com Endeavor devia ser pessoal.

Ele não o culpava.

E pela falta de profissionalismo de Tensei enquanto contava isso, e em como Hawks fingiu que não havia visto para onde o gato havia fugido quando Endeavor foi atrás dele, era claro que muitos haviam apreciado a situação mais do que deveriam.

A teoria do caosWhere stories live. Discover now