"O martelo dos tempos jamais para, ao menos era o que minha antiga mestra costumava dizer enquanto observava os afazeres do templo. A jovem vida que a rainha do norte trouxe ao palácio de cristal, o que ela significa para nosso povo, ela é significa...
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O grupo montado havia acabado de atravessar a fronteira entre a Grande Floresta de Ygvir e a zona neutra, onde estava localizada a Cidade Acadêmica. Chamá-los de grupo talvez fosse um pouco brando demais, já que se tratavam de mil elfos armados com espadas longas e arcos de teixo feitos do mais puro carvalho branco.
As armaduras de mithril refletiam a luz do sol, envolvendo-os em uma aura quase mágica. Os estandartes de diversas casas élficas eram carregados por porta-bandeiras, como a árvore caída dos Oldthree e o gato da noite sob a lua dos Shadownsmoons, uma visão magnífica para os fazendeiros de todas as raças possíveis que largaram o que estavam fazendo para se debruçar sobre suas cercas ou janelas a fim de assistir à procissão élfica passar pela estrada do sul.
Mas o que realmente chamava a atenção naquele exército era o fato de que quem os liderava era uma bela elfa negra. Seus cabelos platinados esvoaçavam com o vento, forçando-a a retirar algumas mechas rebeldes que insistiam em cair sobre seus olhos púrpura, focados na estrada à sua frente.
Sua armadura era exatamente igual à de seus companheiros de pele clara e cabelos dourados, com a diferença de que o brasão da casa real de Tel Telesin estava finamente bordado sobre o tabardo que ela usava sobre o peito avantajado. Ela também carregava duas espadas curtas em sua cintura no lugar das que os oficiais geralmente usavam.
A expressão facial da elfa era incerta. Às vezes, ela sorria alegremente - isso acontecia sempre que seus olhos pousavam sobre a Torre Branca, já visível, mesmo que ainda fossem levar horas para que alcançassem os muros da cidade. Mas na maioria do tempo, uma carranca fria tomava sua face, deixando-a quase sem expressão.
Dois porta-bandeiras seguiam um pouco atrás da mulher. Um deles carregava o estandarte de Tel Telesin, um elfo alto e magro, muito sorridente, de cabelos soltos e lisos, que não perdia uma oportunidade de olhar para trás ou falar com algum de seus companheiros. O outro carregava um estranho estandarte negro com a cabeça de um lobo com olhos vermelhos e face feroz. Seu portador também era um elfo negro, assim como a comandante. Na verdade, diversos deles se faziam presentes naquela marcha, embora seus números fossem insignificantes comparados com os de seus primos de pele clara.
"Não deveríamos nos apressar, comandante Hana?" Perguntou repentinamente um elfo de expressão esnobe e cabelos curtos, extremamente belo. Sua armadura trazia entalhes em ouro branco e prata, mostrando que se tratava de um nobre. "Neste ritmo, iremos acabar enfurecendo o príncipe e os outros nobres que nos aguardam."
"O príncipe não é uma pessoa que se irritaria por algo tão trivial quanto isso, tenente Entalas." A elfa disse com certa irritação, porém, aquilo em nada abalou o elfo, que colocou seu cavalo emparelhado ao dela. "Além disso, seria rude aumentar a velocidade e assustar os camponeses após o Arquimago Osmond ter sido generoso o bastante para permitir que uma força armada tão grande adentrasse ao território neutro da Cidade Acadêmica."
