8. unknowing kingdom

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RHAENNA

A brisa da manhã invadia o quarto com ventos frescos e cheiro de marisía

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A brisa da manhã invadia o quarto com ventos frescos e cheiro de marisía.

Eu me reencostei na superfície confortável que riu, me fazendo abrir meus olhos e deparar com uma das minhas favoritas versões de Jon; seu cabelo estava amassado e seus olhos semicerrados.

– Bom dia, minha rainha... - ele dizia, me dando um beijo na testa. – Como foi a noite?

Ele exibia um sorriso de lado, me fazendo lembrar de todas as nossas ótimas lembranças da noite passada.

– Aposto que não melhor que a sua. – eu respondia provocativa.

Havia uma semana que eu havia chegado no Reino de Canoth, mais conhecido como Reino Desconhecido. E, pela primeira vez após muito tempo, eu me sentia bem. Imensamente bem.

Era fácil esquecer que um reino aguardava por nós.

– Ansiosa para amanhã? – ele se referia á minha coroação.

Eu não estava ansiosa.

Estava triste.

Meu pai, o homem que eu mais amo nesse mundo, não estaria ali para me ver sendo a rainha que ele esperasse que eu fosse. Um reflexo da ótima educação que tive.

Respeirei fundo e tirei meus braços da cintura de Jon, os colocando debaixo da minha cabeça.

– Eu deveria estar? – eu perguntava olhando para ele, que respirava fundo e colocava a mão em minhas bochechas. Fazendo um carinho ali.

– Eu entendo o que esteja sentindo. – ele começava a falar. – Mas quero que você saiba que nada entre nós irá mudar. Muito pelo ao contrário. Minha mãe já me contou que a relação dela e do meu pai ficou mais... intensa, após o casamento.

Ele corava e eu ria. Não imaginava a amarga Rainha Regente Margareth dando dicas de casório para Jon.

– Sua mãe consegue me impressionar cada vez mais! – eu dizia, ainda rindo.

Quando minha risada dissipou, Jon ficou me olhando. Não entendi a reação dele. Ele sabia que eu e sua mãe não combinávamos.

Na minha primeira vez aqui, ela tentou roubar minhas roupas para que eu faltasse ao baile de recepção.

Depois, quando meu pai veio comigo, ela tentou acabar com a aliança, o que, como consequência, acabaria com meu casamento com Jon.

Enfim, ela me odiava igual eu a odiava.

– O que foi? – eu perguntava franzindo o cenho.

– Deuses... - ele meio que praguejava. – Eu te amo tanto!

Eu iria respondê-lo, se não fosse pelo beijo lento e apaixonante que ele havia me dado. De lento e apaixonante, o beijo passou para urgente e selvagem.

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