Era um pouco constrangedor, apenas se ouvia o som dos pneus da estrada, e o barulho da noite. Ele quebrou o silêncio.
Hugo: gostas de chocolate? – encarei-o um pouco confusa, mas assenti – tem ai, nesse coiso . – ele apontou para uma pequena ‘divisão’ que tinha na porta, e logo vi um papel, que suponho ser um chocolate, lá –podes pegar.
Sorri, e logo retirei um pouco de chocolate, levando-o á boca, fazendo com que o meu sorriso crescesse mais. Eu realmente gosto mesmo muito de chocolate, só não como mais, porque engorda.
Ele riu-se. Provavelmente estava divertido com a situação. A minha cara devia estar linda, suponho.
O carro parou e deduzi que tínhamos chegado, e logo as minhas suspeitas foram confirmadas, assim que olhei pela janela, e á minha direita vi o enorme edifício do Hospital. O Hospital onde dentro de momentos vou ver a minha pequena, finalmente acordada.
Olhei para as mãos, o pacote de chocolate está vazio. O que significa que o comi todo. Fiz um pequeno biquinho com os lábios, estava a saber tão bem.
Hugo: estás –me a dever um chocolate – ah, nem me lembrava que tinha público a assistir a esta minha pequena cena. E com o seu comentário ri juntamente com ele. Parecíamos dois velhos amigos, que estão a relembrar as suas aventuras do passado.
Olhei-o e o meu sorriso foi descaindo ligeiramente.
Kat: é bom estar assim contigo. – admiti.
Hugo: assim como? – arqueou um pouco as sobrancelhas, sinal de que não tinha percebido a minha afirmação.
Kat: bem, sem estarmos a discutir, a rirmos como se sempre nos conhecêssemos, ou como velhos amigos a recordar as suas aventuras. Não sei, mas acho que é bom não estar sempre a discutir contigo. – um pequeno sorriso foi crescendo nos seus lábios, e antes que eu pudesse reparar em qualquer outro pormenor da sua cara, os nossos lábios colaram-se num beijo. Deixei-me estar, mas pouco tempo depois ele afastou-se, atrapalhado.
Hugo: ah .. ah .. d … ah, desculpa – ele passou a mão no cabelo. E admito que aquele gesto foi mesmo sexy. Ai meu deus, tudo nele é sexy. – vamos.
Saiu do carro e eu fiz o mesmo, caminhando ao seu lado, depois dele trancar as portas. Passei pelas enormes portas da entrada principal, e caminhei até ao elevador. Já conhecia muito bem todo o caminho que tinha de fazer.
Com o dedo carreguei no botão que dizia ‘4º piso’. O piso onde eram os internamentos e onde a minha pequena estava.
Caminhei pelo enorme corredor e logo fiquei frente a frente com a porta que dava acesso ao quarto da minha pequena. Dentro de instantes vou vê-la. Talvez noutras condições. As melhores.
Olhei Hugo que me sorriu encorajando a abri a porta, e depois de lhe dar também um pequeno sorriso, empurrei a porta abrindo-a.
Mas o que vi no quarto, não me deixou de todo satisfeita, e fez com que o meu sorriso anterior se desfizesse. Hugo juntou-se a mim. Caroline estava na cama, igual á ultima vez que a vi. Como? Queres ver que me enganaram?
‘Dona Katherine?’ ouvi uma voz atrás de mim, e virei-me de forma a ver de onde tinha vindo.
Era o médico. E se não me engano era o que estava a seguir a Caroline. Sim, era ele mesmo.
Kat: sim, sou eu. – pausei – porque é que a Caroline ainda está igual á ultima vez que a vi?
Médico: calma, ela não está igual. Ela já acordou do coma, está apenas a dormir. Sabe que ela agora toma muita medicação, e a maioria dela são calmantes que a fazem dormir.
Ah, ela está só a descansar. Fogo, agora assustei-me. Assenti.
Kat: mas ela está bem?
O médico á minha frente, esboçou um sorriso, que logo deduzi que estivesse a tentar demonstrar que a minha pequena finalmente está bem.
Médico: Sim- e tem de agradecer ao seu amigo.
Arqueei a sobrancelha.
Kat: ah? Qual amigo?
Médico: esse ao seu lado. – olhou Hugo, e fiz o mesmo. Mas ainda estava visivelmente confusa. Como assim agradecer ao Hugo? Porquê? - esse seu amigo – olhei-o - foi quem doou o sangue que fez com que a Caroline sobrevivesse.
Olhei de novo para o rapaz ao meu lado. E desta vez, ao contrário de muitas outras vezes em que senti vontade de lhe partir a cara porque ele me metia nojo, senti vontade de o abraçar. Ele tinha salvado a vida da minha pequena!
Ignorando qualquer outra coisa, lancei-me para cima dele abraçando-o. Como eu me sinto feliz. Primeiro, eu e ele fizemos as pazes, e que pazes. Sorri ao lembrar-me dos beijos. E agora a minha pequena acordou graças a ele. Senti uns braços grandes circundar-me a cintura.
Médico: bem, eu vou vos deixar á vontade. – continuei o abraço, ignorando o homem que saiu pela mesma porta por onde entrou. Deixando-me assim com Hugo, e Caroline, que agora que penso, devem ser as pessoas mais importantes para mim neste momento. Parou! O Hugo a pessoa mais importante para mim neste momento? Queres ver que eu estou maluca ou assim, como assim o Hugo a pessoa mais importante para mim? Ele não é, nem de longe a pessoa mais importante para mim. Ah, qual é, aqui para mim, ele é.
Larguei-me do abraço, encarando a sua maravilhosa cara de seguida.
Kat: muito obrigada asério - disse sincera - se não fosses tu, a minha pequena nunca mais acordava.
Um lagrima escapou-me do olho, mas novamente era uma lágrima de felicidade. Apressei-me a limpa-la com a parte de trás do braço.
Hugo: fiz porque quis Katherine, porque queria ver a Caroline bem, e porque te queria ver a ti feliz e bem. Porque automaticamente eu ia ficar bem.
Aww, mas que querido. Pequenos flashbacks passaram na minha mente relembrando o momento que tivemos em casa dos meus primos, onde fizemos as pazes, e dissemos coisas bonitas um ao outro. Onde eu desabafei com ele, e ele me acarinhou. Onde tudo começou. O principio de uma linda amizade, e quem sabe algo mais.
Antes que pudesse responder, ouvi o meu nome, uma voz baixa e fraca, e por mim tao conhecida, fazendo com que olhasse a pessoa que tinha falado.
‘Katherine?’
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Olá (:
Peço desculpa, acho que demorei um pouco mais de tempo a publicar este capitulo, mas tive uns imprevistos. O que importa, é que está aqui (:
Beijos, MiaaLopees
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Dangerous Game (Completo)
AdventureDuas pessoas. Hugo e Katherine. Ele com o melhor gang, e o coração partido. Ela com os melhores, e um amor perdido. Conhecem-se ao acaso, e vão descobrir que têm mais em comum do que o que pensavam. Ambos com o mesmo objetivo intenso de vida, juram...
Cap.25 - Good News
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