Capitulo 1

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...Alicia narrando...

Acordei com o barulho do despertador ecoando no quarto inteiro, os raios solares batiam no meu rosto vindos da janela estravagantemente grande bem à frente de minha cama.

Mônica, a empregada que me criou desde bebê entrou no quarto com uma bandeja farta como todas as manhãs, e claro...um sorriso enorme no rosto:
- bom diia minha menina. - sorri ainda sonolenta.
- bom dia Mônica.
- trouxe sua geléia preferida...- ela disse expondo a bandeja nas minhas pernas e eu torci o rosto.
- hoje é segunda feira, voltei coma dieta.
- você já está magra demais, se  continuar com essa besteira  vai parar no médico.
- seria um motivo pra chamar a atenção do meu pai não acha?- ela franziu a testa em forma de repreensão e saiu do quarto.

Quando eu nasci, minha mãe acabou não resistindo ao parto e morreu, meu pai sempre foi muito distante,não lembro de nenhum momento em que curtimos como pai e filha. Talvez bem no fundo ele me culpe pela morte de minha mãe, ele nunca fala dela, as fotos dela ainda estão vivas apenas no meu quarto, pois ele odeia que tenha algo que lembre dela.

Assim como eu, minha mãe era dançarina, Mônica diz que ela era fantástica no que fazia e eu amo dançar, talvez seja uma forma de manter minha mãe viva e mais perto de mim.

Assim que tomei meu café da manhã fui me arrumar para o ensaio da grande apresentação no final do mês, a qual esperei minha vida inteira para ganhar uma bolsa na faculdade de Londres. Essa seria minha grande chance, então tudo deveria estar perfeito ou mais que isso.

...

...KM narrando...

E aí sou o KM, Thiago para os íntimos,tenho minha irmã a Karen que é meu maior porto seguro e o único motivo que me faz continuar. Meu pai é um viciado do caralho, já tentou muitas vezes bater em Karen e evito ao máximo deixar minha pequena sozinha em casa,eu não suportaria que algo de ruim acomtecesse com ela, ela é meu maior ponto fracose ela cai eu desmorono.

Minha mãe nunca ligou pra nada, nem pra ela mesma, finge que é casada, mas eu sei que ela paga ponto 3 horas da manhã na esquina 6 da  favela. Estou vendo um barraco pra eu morar com Karen o mais rápido possível,pois não aguento mais ter que sair de casa com a preocupação do tamanho do mundo por deixar Karen...

Sou grosso e tudo mais, mas quando qualquer um precisa eu sempre to junto, só chamar, mas a única que conhece o meu lado doce é Karen, o resto trato no mesmo nível, eu não sou de pegar muitas, mas confesso que tenho as preferidas nos bailes.

Cheguei em casa e Júlio  (não chamo de pai) estava jogado no sofá como sempre.
- cadê a Karen? - perguntei grosso e ele levantou o olhar na minha direção.
- não costumo seguir vagabunda.
- e pq segue a Patricia ainda?- era minha "mãe". - ele bufou e Karen desceu as escadas sorrindo e veio me dar um beijo na bochecha.
- chegou tarde ontem. - ela disse.
- tava resolvendo uns lances aí.
- tem a ver com meu morro?- Júlio se intrometeu.
- seu morro que tu não dá a mínima,quando tu vai morrer pra passar pra mim logo?- ele riu.
- vaso ruim não quebra, mas tenta a sorte em me matar.
- só não te estourei na bala ainda pela Karen.
- Thiago. - ela me repreendeu e eu bufei e fui pra cozinha, ela veio atrás e colocou um prato de comida na mesa, senteie comecei a comer, ela suspirou.
- o que ta pegando?- eu disse a olhando.
- pq?
- eu te conheço, diz logo.
- aquela história de morar em outro lugar ainda ta de pé?
- claro, to resolvendo uns bagulho só e logo a gente vaza pq? Tu não contou pra ninguém ne?
- não,só to ansiosa.
- ele te fez alguma coisa?
- não, ainda não.
- e não vai fazer...nao se preocupa.- eu disse  dando um beijo na testa dela e levantando.
- Vamo dar um rolê aí, não quero que tu fique sozinha aqui. - ela assentiu e eu puxei ela pela mao.

Amor no Alemão (Concluído)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ