Capítulo II - O menino que brinca com lixo

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Terceiro, jamais pergunte aos dois se são amigos, principalmente a Bakugou. Melhor, para a sanidade de todos, não tentar entender o que está acontecendo.

— Kacchan! Vamos logo, tia Mitsuki prometeu Katsudon.

— Morra seu verme!

— Está muito tenso, Kacchan.

— Eu vou te explodir!

Barulho e uma fumaça branca dominou a sala. Todos prenderam a respiração em silêncio, porque Deku havia usado um extintor de incêndio para apagar as explosões de Bakugou.

— EU VOU TE MATAR.

Katsuki Bakugou e Izuku Midoriya, o Deku, não eram amigos.

E ninguém sabia o que eles eram.

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— Inko, eu juro se não for para casa eu vou amarrar você e te despachar.

— Mas o paciente do quarto 403...

— Outra enfermeira pode cuidar dele. Terminou seu plantão. Para casa.

Pela cara dela era óbvio que um protesto estava a caminho. Keiko suspirou e passou a mão no rosto cansado. Nessas horas a quirk do seu filho lhe cairia tão bem. Precisava de uma estratégia para lidar com Midoriya, era sempre a mesma coisa.

Mulher teimosa.

— Seu filho está sem supervisão por tanto tempo...

A mulher arregalou os olhos e quase sorriu. Se não estivesse tão cansado.

— Ele está com Mitsuki...

— Acha que ela pode lidar com os dois?

E isso fez a mágica. Os ombros dela abaixaram de forma resignada.

— Para casa. Vá dormir. Deus sabe que eu queria dormir também.

— Tudo bem. Até amanhã Dr. Shinsou.

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— Alô, Inko?

— Mitsuki! Estou indo para casa já. Obrigada por o olhar, muito obrigada!

— Não tem problema. Deixei o merdinha em casa com Masaru mais cedo, ou os dois explodiam tudo. Pode vir direto para casa.

Inko tentou não suspirar aliviada. Katsuki e Izuku juntos nunca eram uma boa combinação.

Ela nem mesmo entendia naquele ponto o que os dois eram um para o outro. Era a relação mais disfuncional que havia visto na vida.

— Chego em meia-hora. Mais uma vez...

— Obrigada, eu sei.

— Eu sei que Izuku não é fácil.

—Já viu meu filho?

— ...

— Até daqui a pouco Inko!

O caminho para casa depois de um plantão era sempre estranho, desde que começara a trabalhar no hospital em Musutafu meses atrás.

Inko nunca pensou que voltaria a trabalhar depois de tanto tempo apenas cuidando da casa e do filho, mas apesar do cansaço, estava satisfeita.

E mais que tudo era uma necessidade. Havia perdido contato com Hisashi há meses, e mesmo que o dinheiro ainda caísse religiosamente em sua conta todo mês, não tinha como saber o quanto isso duraria. Porque ela sabia no que Hisashi trabalhava, e ele nunca passava tanto tempo sem entrar em contato de alguma forma.

A teoria do caosOnde histórias criam vida. Descubra agora