.capítulo 1.

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Já havia passado a fronteira da alcatéia, e já estava chegar á casa da minha melhor amiga, e estava a torcer os dedos para que ela não tivesse mudade de casa.

Quando já dava para ver a casa estacionei. Saí de dentro do carro, andei alguns metros até chegar em frente da casa dela. Antes de passar o pequeno portão vi uma cabeleira ruiva a tratar das flores num pequeno canteiro à entrada da casa.

Tossi falsamente e ela virou se para mim, e me encarou confusa.

- Posso ajudá-la - ela disse gentilmente.

Caramba ela não tinha mudado nada!

- Eu sei que passei 11 anos fora mas pensei que não fosses te esquecer de mim...- eu disse na brincadeira.

Ela arregalou os olhos e levou a mão à boca, e notava se de longe que nos olhos dela se começavam a formar pequenas lágrimas.

-Moly?

Eu assenti. E caramba à tanto tempo que ninguém me chamava de Moly toda a gente me chamava de agente 084.
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela vei a correr até mim, abriu o pequeno portão às pressas e me abraçou... como eu estava com saudades deste abraço. Não demorei a retribuir o gesto de carinho. E pela primeira vez em anos me premiti sorrir.

Ela afastou e me deu soco no ombro, e depois abanou a mão no ar em sinal que lhe havia doído, já a mim nem tinha feito cócegas.
Arqueei a sobrancelha e perguntei:

- Para quê que foi isso?

Perguntei segurando para não rir das caretas de dor que ela fazia enquanto olhava para a sua própria mão. Mas parou assim que eu perguntei isso e me encarou encredola.

- PRA QUE FOI ISSO?! TU DESAPARECESTE POR 11 FUCKING ANOS E AINDA PERGUNTAS ISSO?!?

- Calma Ju calma respira. É que eu tive algumas complicações nos últimos anos...

Eu estava a falar e notei que ela encarava o meu pescoço. Aii porra esqueci de tapar a cicatriz!!

- O que é isso no teu pescoço?- perguntou ela desconfiada

-Isso o quê?

Tentei desconversar. Mas é claro que não funcionou.

- Isso aqui...-ela passou delicadamemte a mão na cicatriz.

- Foi uma faca...

- É O QUÊ?!

-Calma me deixa terminar! Eu estava a cozinhar e me esqueci que a tinha na mão, e quando fui coçar o pescoço me cortei...

Ela me olhou desconfiada mas deixou para lá. Bem... eu não menti totalmente, o que cortou foi uma adaga que se é considerada uma faca pequena, e que eu estava a lutar com um cara que eu tinha que matar... mas essa parte ela não percisa de saber.

- Já foste falar com a tua família?- ela perguntou com um sorriso.

- Não, queria que tu...

- Claro que vou contigo! - me interrompei fazendo me revirar os olhos ela sempre fazia isso- tens carro?

- Claro!

Eu levei-a ao meu bebe e ela arregalou os olhos ao ver o gipe Lanborguini.

- Não sei onde tu andaste a trabalhar mas me indica que eu quero ir para lá tambem!- ela disse ainda admirando o meu gipe.

Eu só consegui rir.
E só conseguia pensar: não, não querias!

Entramos dentro do carro e fomos rumo à minha antiga casa...

- Tu estás diferente...- disse ela me analisando.

-Diferente bom ou mau?

- Bom! - ela disse sorrindo me fazendo sorri também- e vais me dizer onde compraste esse batom vermelho porque é lindo!

E foi o caminho todo a matar saudasdes e a rir muito com os comentários a dizer que eu estou muito dark.

Finalmente chegamos à minha antiga casa. Eu parei a meio do caminho da entrada com medo. Será que eles ainda se lembram de mim?
A Julie ao perceber o meu desespero veio até mim e enlaçou o seu braço no meu sorrindo me encorajando, e assim o fiz, continuei a andar e toquei à campainha e me livrei do aperto carinhoso da Ju.

Uma garota que aparentava ter pelo menos 20 anos apareceu na porta.
Eu não a conheço...

Ela olhou para mim confusa e depois para a Ju.

- Olá Ju! Em que posso ajudar?

- Olá Claire- não pode ser...- não te lembras da Molly?

Ela arregalou os olhos quando ouvi o meu nome e pude ver algumas lágrimas cair, ela se virou e me encarou e eu a encarei ela veio a até mim e me abraçou muito forte e eu a abracei com a mesma força.

- caramba já não te posso chamar mais de pequena estás literalmente maior que eu...- disse quando nos afastamos.

- ser maior que tu não é dificil- disse Ju debochando. Eu a olhei e mostrei a língua fazendo a minha irmã rir.

- Tu és da minha altura por isso quer dizer que também és pequena.- desta vez foia vez dela me mostrar a lingua fazendo a minha irmã rir novamente.

- Não acredito que estás aqui, porque não voltaste mais cedo?

- Digamos que eu tive algumas complicações...- antes que eu pudesse continuar a falar uma mulher que eu reconheci perfeitamente veio até à porta e disse:
- Mas que barulheira é esta...

Ela para de falar quando me vê e leva as mãos à boca e começa a chorar rios , cinco segundos depois um senhor que eu reconheci muito bem também aparece e diz..

- o que é que...
Ele para de falar quando me vê e arregala os olhos.

-olá?

Ao dizer isto os dois vieram a correr até mim e me abraçaram num abraço a três que se tornou quatro quando minha irmã se juntou a nós.

- N.Nunca mais f.faças isso outra vez-disse minha mãe a gaguejar por causa do choro.

-Nunca mais eu prometo! - disse sorridente.

- Tu mudaste, a minha menina cresceu e eu nem vi- disse meu pai triste e eu o abracei.

-onde estiveste estes anos todos- perguntou minha mãe.

- vou responder o mesmo que respondi à Claire, tive algumas complicações...

- Mas agora vais ficar não é?- perguntou minha irmã me interrompendo.

Eu sorri e disse:

- Nunca mais vou sair daqui, eu prometo!

Pelo menos até que vocês estarem em segurança. Completei mentalmente.

A RejeitadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora