CAPÍTULO 4

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-ALGUNS DIAS ANTES...

Os últimos dias tem sido calmos, evitávamos algumas patrulhas aqui e desviávamos de alguns postos de checagem ali, tentando ao máximo evitar um confronto desnecessário, mas nem sempre era possível pois precisávamos de mantimentos e tínhamos de pegá-los dos alemães, já que os poucos vilarejos que encontramos ou estavam abandonados, ou não estavam dispostos a trocar o pouco que tinham ou ainda odiavam russos tanto quanto alemães, em um dos poucos vilarejos não hostis, nos foi dito pelo chefe o motivo e também que encontraríamos pouca ou nenhuma cooperação por parte do povo polonês.
Ele disse: “ Quando vimos as notícias de que a Alemanha estava invadindo ficamos apavorados, nosso país não estava pronto para isso, quando ouvimos que a União Soviética estava mobilizando foi um alívio, achamos que iriam nos ajudar, mas eles simplesmente abriram uma segunda frente de batalha. Os alemães nos esmagaram de um lado e a União Soviética nos esmagou do outro, os nazistas levantaram campos de concentração de um lado e do outro lado os comunistas mandavam nossos jovens para seus campos de trabalho forçado na Sibéria, então temos tanto amor pelos soviéticos quanto pelos alemães, por isso vai ser difícil pra vocês acharem apoio dentro do meu país.”
Partimos da vila seguindo em direção ao nosso objetivo, ficamos acampados em umas árvores na ponta de um morro, peguei o último turno de vigia e ao amanhecer na minha mira se encontrava um soldado alemão montando guarda ao lado de um Marder III...

PRESENTE...

Um homem que se apresentou como Kapitanie Kowalski, junto com ele contei pelo menos 25 soldados, ele pediu que sentássemos com ele e outros soldados perto da fogueira e um deles nos ofereceu uma bebida que apenas Irina recusou. Depois de uma curta conversa envolvendo apresentações e uma breve troca de “formalidades” ele contou que quando a Alemanha invadiu, a divisão dele foi uma das primeiras a combater e uma das primeiras a ser esmagadas, ele escapou com alguns outros sobreviventes mas a maioria morreu por causa dos ferimentos enquanto eles tentavam voltar para as linhas polonesas outros sobreviventes foram se juntando, no final eles descobriram que não tinha mais uma linha polonesa, os Alemães e Soviéticos haviam tomado o país completamente, então eles se enfiaram nessa floresta e começaram a agir como uma guerrilha, atacando tanto alemães como soviéticos, mas depois da Operação Barbarossa haviam apenas alemães para atacar. Ouvimos a história deles e eles ouviram as nossas, ouviram como os nazistas incendiaram a vila de Bóris com as pessoas dentro das casas apenas por diversão, ouviram como Irina foi obrigada a ver sua família ser executada na sua frente e ouviram como eu vi minha mãe e meu irmão mais velho serem espancados até a morte com a coronha dos rifles da SS só porque eles estavam entediados. Por mais que a União Soviética tivesse feito muitas coisas ruins na Polônia, eles não chegavam nem perto do que a SS estava fazendo gerando muito ódio nesses soldados, e esse ódio fez com que Kowalski aceitasse nos ajudar a acabar com a base nazista, porque se os nazistas completassem seus testes eles se tornariam extremamente fortes e se conseguissem derrubar a URSS eles poderiam dar sua total atenção aos aliados no ocidente lhes dando uma gigantesca vantagem na guerra e assim eles poderiam espalhar o seu terror pelo mundo.
Passamos o resto da noite fazendo planos para o ataque, precisaríamos causar uma distração para atrair os nazistas, e um pequenos grupo usaria essa distração para se infiltrar na base, a tropa de distração iria dispersar e então esperaríamos a base sair de alerta, e então iríamos plantar  explosivos pela estrutura do prédio e usar gasolina para incendiar os locais de comando e bases de documentos, matar o máximo de pesquisadores o possível quando as explosões começassem e com sorte sairíamos vivos.

Pela Mãe RússiaWhere stories live. Discover now