CAPÍTULO 3

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-TRÊS SEMANAS ANTES...

Ainda bem que nós abastecemos o máximo que deu quando tivemos a chance, pois está semana e a anterior foram marcadas por uma tempestade de neve muito forte, o inverno havia chegado. Fizemos muito pouco progresso nesses dias, passamos a maior parte do tempo congelando dentro de algum abrigo e a outra parte congelando enquanto caminhávamos vagarosamente até o próximo abrigo e tínhamos de ficar gritando nossos nomes para evitar que nos perdêssemos um do outro, a única coisa que me trazia satisfação é que os alemães provavelmente estavam morrendo congelados lá no fronte, e se Deus quiser, em todo o território ocupado. Caminhamos até uma vila, mal conseguíamos ver um palmo a nossa frente e o som ensurdecedor do vento forte praticamente cobria todos os outros sons, quanto mais perto chegávamos, mais formas dava para distinguir, claramente a vila estava ocupada. Quando uma das figuras chegou perto o suficiente para enxergar as roupas, meu coração parou, ele tava usando um uniforme da SS era um maldito soldado da SS, estávamos no meio de uma maldita vila ocupada pela SS, quando ele se deu conta de que não éramos alemães Bóris atirou nele e do nada era como se estivéssemos no meio de um campo de batalha, mas pelo que parecia os nazistas não estavam pensando direito, eles simplesmente atiravam em qualquer silhueta que se mexia. Aproveitando o caos, nós rastejamos para dentro de um celeiro e apenas observamos a “batalha” mais bizarra que eu já vi, na manhã seguinte a visibilidade estava melhor e o que restava dos nazistas estava tentando reunir os corpos dos seus companheiros, antes que se juntassem a eles por causa do frio extremo, aqueles soldados provavelmente iriam ser fuzilados por isso, nós nos esgueiramos para fora do celeiro e saímos do local sem sermos notados e obviamente pilhando os documentos que encontramos nas casas pelo caminho. Por mais que gostássemos de ver alemães mortos, era melhor evitar banhos de sangue como esse quando entrássemos em território polonês, pois isso certamente seria notado pelo alto-comando alemão oque iria dificultar a nossa missão.

-DUAS SEMANAS ANTES...

Acabamos de entrar na Polônia e o que mais víamos eram vilas queimadas e valas cheias de corpos novos e velhos, provavelmente os “indesejados” pelos alemães, era uma cena triste que servia apenas para abastecer o meu ódio pela Alemanha. Avançando cuidadosamente pelo terreno encontramos um esquadrão da SS que havia sido destroçado por poloneses que assim como nós os odiavam, para nossa sorte, o comandante ainda estava vivo e após um pouco de persuasão ele concordou em traduzir os documentos, que pegamos na semana anterior, em troca de sua vida. Obviamente não cumprimos nossa parte, não se pode deixar um membro da SS vivo, por sorte um dos documentos era sobre o Schneesturm-Prototyp-Feld, sobre a capacidade defensiva pra ser mais específico, blindados, armas antiaéreas e antiblindados, canhões, metralhadoras e toneladas de soldados, isso estava se encaminhando cada vez mas na direção de uma missão suicida.

PRESENTE...

No outro dia seguimos para o próximo vilarejo e então o próximo e o próximo, todos estavam vazios, estávamos quase perdendo a esperança de encontrar ajuda, mas no caminho para o quinto vilarejo encontramos um rastro que não tinha como ser um acidente, era como uma trilha para seguirmos, definitivamente não era coisa dos alemães, então, nós a seguimos. Após vários minutos na trilha adentrado uma não tão pequena floresta, encontramos um acampamento do que restava de uma unidade do exército polonês, havíamos finalmente encontrado a nossa ajuda.

Pela Mãe RússiaWhere stories live. Discover now