Im era curioso, sim. Gostava de novidades e sempre tinha as mais estranhas informações sobre os mais diversos assuntos pura e simplesmente por gostar de aprender. Esse seu jeito observador o fazia entender que certas coisas são problema, simples assim.

Hyungwon e Wonho e seu relacionamento eram problema, uma conclusão mais simples ainda. E Changkyun não era um garoto problema.

Embora Minhyuk tenha feito questão de dizer que todos ali encaravam aquela situação com maturidade e que devia aproveitar, Changkyun não levava totalmente a sério. Na verdade, não sabia muito bem em que pé estava a relação deles verdadeiramente, já que para Minhyuk, tudo parecia sempre muito impessoal – a menos que se tratasse de Jooheon. Sua lista de contras estava ali, empurrando a de prós para fora de sua mente e sua racionalidade fazia muito fácil seguir sua vida fingindo que os dois não o afetavam.

Na noite de sexta, decidiu ficar em seu quarto lendo um dos livros que tinha comprado. Minhyuk tinha saído para algum lugar e a república estava ligeiramente silenciosa. As vistas já estavam cansadas quando largou o livro e tirou os óculos, esticando os braços e a coluna antes de se levantar. Não tinha reparado que já era noite.

Ainda enrolou no quarto por um tempo, tentando achar uma roupa um pouco mais adequada para a festa que haveria no dia seguinte. Bagunçou os cabelos que precisavam ser lavados antes de finalmente sair do quarto e ir procurar algo para comer. Tinha, aliás, que se lembrar de comprar algo para ajudar nas refeições também.

O silêncio no corredor do andar de cima era estranho depois de uma semana inteira de reclamações e gritaria. Podia dizer que não havia ninguém em casa. No entanto, quando chegou na metade das escadas, pode ouvir sons vindos da cozinha.

E, como dito, Changkyun sempre foi curioso. Não que ter alguém em qualquer parte da casa fosse uma novidade – porque novidade mesmo era ela estar tão vazia –, mas aqueles barulhos eram, no mínimo, estranhos. Ouviu um ofego baixo. Paralisou no último degrau quando escutou algo parecido com um gemido.

Ok, tinha alguém em casa, afinal, e esse alguém parecia ocupado.

Culpou o pai pelo primeiro passo que deu em direção ao cômodo de onde vinham os sons. Talvez, se não tivesse sido criado sob a educação de um cientista, não seria tão bisbilhoteiro.

No segundo passo, culpou seu estômago. Seja lá o que estivessem fazendo, não poderia ser tão absurdo e, se fosse, não estaria tão errado em interromper porque aquele era um local comum da casa e ele estava com fome.

No último passo até se encostar à parede ao lado da porta, sua mente ficou em branco. O som ofegante saía dos lábios de Hoseok, que estavam vermelhos por estarem sendo tão fortemente mordidos. Os olhos escuros se reviraram antes de se fecharem quando ele jogou a cabeça para trás e só então Changkyun notou o par de mãos correndo pelo abdômen pálido, forte e despido. Atrás da bancada, pôde ver os cabelos escuros de Hyungwon na altura dos quadris de Wonho e o choque em visualizar a cena só não foi maior do que o que passou pelo seu corpo inteiro ao entender o que estava acontecendo ali.

Deu mais um passo para perto da parede, espalmando suas mãos no azulejo frio enquanto tentava ficar em silêncio, espiando o casal. Wonho puxou Hyungwon pelos braços para que se pusesse de pé e o beijo que se seguiu foi tão forte e sedento que Im praticamente podia sentir como se fosse em si. Não conseguia nem ao menos piscar enquanto via as mãos grandes de Wonho entrarem pela bermuda de moletom do outro e apertarem a bunda antes de virá-lo de costas pra si.

Hyungwon se debruçou sobre o balcão de mármore e mordeu os lábios cheios. Inconscientemente, Changkyun mordeu os próprios também. A camiseta que usava foi erguida enquanto Hoseok beijava suas costas e se abaixava atrás de seu corpo até baixar a bermuda novamente, espalhando os beijos por onde o tecido cobria anteriormente.

De onde estava, Changkyun não conseguia ver com clareza, mas sabia o que estava acontecendo quando um som impossivelmente manhoso saiu dos lábios de Hyungwon. As mãos brancas apertaram os quadris enquanto o rosto se perdia entre as nádegas e Hyungwon esticou os braços para se apoiar melhor sobre a bancada enquanto gemia com cada vez menos pudor.

O corpo de Changkyun se encostou completamente à parede, instintivamente apertando sua ereção contra esta. Não conseguia parar de olhar, tudo na sua mente tinha sumido e só existia o casal não assumido, parecendo muito bem assumido no meio da cozinha.

Wonho se levantou, lambendo os lábios com um sorriso tão covardemente sensual que Changkyun ofegou baixinho. Os dedos grossos se aventuraram onde antes estava a língua de Hoseok e foi no meio daquele gemido que os olhos escuros de Hyungwon se abriram e encararam a porta.

Changkyun paralisou, prendeu até mesmo a respiração. Os lábios cheios do moreno estavam abertos num grito mudo enquanto Wonho o invadia com uma mão e a outra ia em direção ao seu pescoço. O peito branco se colou às costas magras de Hyungwon e foi então que ele notou.

Um sorriso.

Ambos tinham no rosto um sorriso satisfeito, diferente do contentamento que acompanhava o sexo. Era algo diferente, algo mais. Conseguiu compreender quando percebeu que, não apenas um deles, mas os dois tinham sua atenção exatamente em sua direção.

Eles o viram. Sabiam que Changkyun estava ali. Aquele olhar nublado não estava desfocado como pensara, porque Im era o foco.

Foi apenas naquele momento que o mais novo deu alguns passos para trás, devagar, até chegar novamente às escadas. Suas pernas tremiam enquanto ele tentava correr de volta para o quarto. Sua lista de contras se desfazendo na mente porque, pela primeira vez, a cabeça de baixo parecia muito empenhada em se fazer ouvir. Aliás, mesmo com o pequeno susto, ainda estava pulsando dentro das calças de um jeito tão intenso que era quase insuportável.

Wonho e Hyungwon eram problema e, pela primeira vez na vida, Changkyun cogitava a ideia de ser um garoto problemático.

Wonho e Hyungwon eram problema e, pela primeira vez na vida, Changkyun cogitava a ideia de ser um garoto problemático

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E AIII?

Olha tem que ter muita força de vontade porque sinceramente...

E como disse o Minhyuk, VAI PIORAR. Esses dois não tão nenhum pouco afim de facilitar. E AI, CHANDON? VAI FUGIR?

Espero que tenham gostado xuxus.

A gente se vê na semana que vem <3

SEVENTHWhere stories live. Discover now