PENÚLTIMO CAPÍTULO

17.6K 2.2K 633
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Que vaca! — Emily exclamou quando contei sobre a conversa que tive com a Vanessa na noite passada.

— Eu não sei, acho que ela só está iludida — falei.

— Ela deixou de acreditar em você por causa de um cara qualquer. Isso, para mim, é sério demais!

— Bom, eu também já acreditei nele. Na verdade, quase acreditei duas vezes! O cara é bom em enganar as pessoas.

— Que seja! — Emily brandou. — Agora quero mais que essa garota rasgue a cara no asfalto!

— Não é tão simples assim! — interrompi. — Eu... Acho que não existe mais suspeitas, o Lucas é perigoso de verdade! Você devia ter ouvido como ele falou comigo no mercado, parecia um psicopata!

— Desculpa, mas realmente não há nada o que se fazer — Emily disse. — Apenas tente se afastar dessas pessoas e aproveite as coisas boas da vida, como Ick e Bob.

Bob.

Ele foi, de verdade, uma ilha de tranquilidade e alegria no meio das incertezas e problemas da minha vida. Naquele período, passamos muito tempo juntos. Ele contratou uma babá que sempre aparecia para cuidar de Ícaro quando eu e ele visitávamos o seu apartamento. Normalmente, assistíamos algum filme infantil juntos (que Ick gostasse) e dividíamos uma boa refeição. Em dado momento, a babá tratava de levar Ick para passear e aproveitávamos o momento para fazer aquilo que os casais fazem quando estão sozinhos. Na sala, na cozinha e no quarto. Bob tinha muito fôlego.

Eu não queria que a minha felicidade dependesse de ninguém além de mim, mas sempre que percebia que estava jantando com Ick e Bob, o meu coração ficava mais quentinho.

Um domingo, quando estava chegando no prédio, encontrei a babá de Ick na portaria do prédio:

— Oi, senhorita Jéssica — Ela disse. — Estou indo fazer compras agora mesmo. Quer que eu leve o Ick, ele adora o supermercado!

Eu ri.

— Tudo bem — entreguei Ick nos seus braços.

— Devo voltar em umas duas horinhas — a senhora disse.

— Ok.

Entrei no elevador já pensando "terei duas horinhas sozinha com Bob" e a minha mente voou longe imaginando no que poderia acontecer.

Quando Bob abriu a porta, pulei no seu pescoço, beijando e mordiscando tudo que alcançava:

— Senti tanto a sua falta! — Falei.

— Eu também.

Apesar das palavras, ele não respondeu aos meus carinhos. Só percebi quando o joguei no sofá e pude olhar diretamente no seu rosto.

JÉSSICA - MÃE AOS DEZESSETE (HISTÓRIA COMPLETA)Where stories live. Discover now