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Deixei Maverick na sala juntamente com a minha mãe e obriguei o meu irmão a levar as nossas malas para o meu quarto, mesmo ele insistindo que tinha de ir embora o que era mentira, ele estava apenas a tentar fugir depois de ter dito o que disse sobre a Carolyna.

- Deixa de ser fraco e traz essas malas mas é. - Eu disse revirando os olhos enquanto subia as escadas na frente de Mattis que trazia a mala de Maverick e a minha, uma em cada mão.

- Porque não ajudas? - ele disse com alguma dificuldade. - seria mais fácil.

- Para mim está bastante fácil. - respondi sem olhar para trás. - vê se se te despachas.

Assim que chegamos ao interior do meu quarto, Mattis pousou as malas no chão e suspirou passando a mão pela sua testa limpando o suor, o que me fez rir de leve.

- Já tens aí as malas e agora eu vou embora. - o meu irmão preparava-se para sair do meu quarto mas eu imediatamente o impedi fechando a porta rapidamente.

- Sabes... - Eu comecei por trancar a porta e pus a chave no bolso. - sempre pensei que eu era a ovelha negra da família, aliás, eu sempre fui. A tia Margarida, o tio João, o José... toda a família sempre me tratou a baixo de cão porque eles não eram cegos ao contrário do meu irmao e do meu pai. Também deves saber que a nossa mãe depois que se separou do pai, sempre foi despresada pela família e nunca te perguntaste o porque? Se não, eu respondo a essa pergunta na mesma. A mãe, depois de  se ter separado do pai metia homens diferentes todas as semanas cá em casa, e a única diferença que havia entre nós duas era que eu não os trazia cá para casa. Nunca quis aceitar e admitir que era igual a ela mas a verdade é que sempre fui e tu nunca soubeste disso, nem tu nem o pai e eu só acho que devias saber disto e queria que deixasses de ser ingênuo. E quero também que saibas que a Carolyna não é igual a mim ela sempre gostou de ti e sempre tentou chamar a tua atenção mas tu sempre a trataste como uma pega pensando que ela me levava por maus caminhos mas nunca pensaste sequer que podia ser o contrário.

- Mas tu... - ele olhava sériamente para mim e boquiaberto com tudo aquilo que acabara de lhe contar. - Tu não me digas que estás a enganar o Maverick! Alice, ele não merece isso...

- Não, não! - Eu interrompi o meu irmão. - O Maverick é diferente. Desde que vi a sua foto pela primeira vez no Instagram eu nunca mais estive com ninguém, quer dizer eu quase estive com o seu primo mas ele recusou-me e eu agradeço-lhe por isso, estava bêbada e se ele não me tivesse recusado eu teria me arrependido bastante.

- Então quer dizer que a vida que levavas já acabou? - perguntou o meu irmão sentando-se na minha cama.

- Sim Mattis e a mae também já não leva essa vida, a doença também a fez mudar. - Eu respondi sentando-me ao seu lado. - Mas não estamos aqui para falar sobre mim agora. Eu sei que comecei por falar sobre mim e sobre a mae mas eu queria que tu soubesses que a Carolyna não é como tu pensas.

- Então quer dizer que este tempo todo eu fui um idiota com ela e ela não merecia isso da minha parte. - ele suspirou encarando o chão. - Ou melhor eu não a mereço.

- Sim quer dizer que este tempo todo foste o maior idiota que eu já vi a face da terra e a minha vontade era encher-te de porrada mas a Carolyna sempre me puxou para trás. - Eu disse revirando os olhos. - Podes agradecer a tua amada o facto de hoje ainda teres os dentes todos. E se fosse a ti, ia falar com ela o mais rápido possível pois ela já deve estar cansada de andar atrás do mesmo burro que lhe anda sempre a dar coices.

- Eu adoro-te. - ele disse sorrindo e olhando para mim.

- Sai do meu quarto mas é! - Eu disse revirando os olhos.

- És tu que tens a chave. - ele disse revirando os olhos e eu ri tirando a chave do bolso e entreguei-lhe a mesma.

NICOTINE || Maverick Viñales Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon