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O final de semana demorou pra chegar, mas finalmente estava indo para a casa de praia da minha avó

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O final de semana demorou pra chegar, mas finalmente estava indo para a casa de praia da minha avó. Estava ansiosa e um pouco nervosa, mas consegui engolir esses sentimentos para que os meus pais não desconfiarem durante a viagem até a casa dela.

Meu pai me dá um beijo na testa e pede para que eu me cuide. Ele diz que minha vó vai me deixar no domingo em casa, e que se eu precisasse de qualquer coisa, poderia ligar pra ele, que os dois dariam um jeito.

Mal sabia ele que eu estou quase correndo pra dentro da casa da dona Edith.

Boto a mochila no ombro e me despeço do meu pai. Toco a campainha e não demora muito para a porta ser aberta e eu ser recepcionada com um sorriso amplo.

— Entra minha netinha! — ela abre espaço e eu quase pulo pra dentro.

— Tudo bem Megan? — escuto o Martin e sorrio ao ver a sua figura masculina sentada tranquilamente no sofá. Ele descascava uma tangerina e comia sem pressa os gomos.

— Bem ansiosa, obrigada por perguntar — digo, sentando ao seu lado e roubando um gomo da tangerina e o enfiando na boca.

— Então vá guardar a bolsa no seu quarto, que já podemos dar início aos seus testes... — minha vó fala.

Ela nem precisa falar duas vezes, vou correndo, e mal escuto a porta do quarto fechar e estou de volta. Martin não estava mais na sala, e minha vó estava sentada no sofá.

— Sente-se querida — eu faço isso. — Os testes são bem simples. E como já sabemos que você é dominadora de água, já é menos um. Então vamos começar?

— Sim!

Martin está de volta, com um jarro alto cheio de terra.

— Coloque a mão dentro da terra — ele diz assim que coloca o vaso na minha frente, e senta ao meu lado.

Ajusto-me na ponta do sofá e nem sei o porquê, mas respiro fundo antes de enterrar a mão dentro da terra. Não sinto nada acontecer, nada além de terra entrar debaixo das minhas unhas. Minha avó está olhando atenta a um relógio, e depois de um tempo, ela me pede a mão.

Desenterro a mão e estendo a ela. Vira a minha palma para cima e então segura apenas o meu dedo mindinho, girando-o de um lado para o outro. Quando eu vi a agulha em sua mão, já era tarde demais, ela já estava alfinetando o meu dedo, fazendo com que uma pequena bolha de sangue se acumule ali.

— Ai vó! A senhora disse que não machucava... — sinto a ponta do dedo latejar.

— Na realidade eu nunca disse que eles não machucariam... Apenas disse que eram simples — ela me dá um sorriso. — E é só um furinho...

E com isso, ela volta a colocar a minha mão na terra. Não quero me preocupar com a higiene disso, mas fico surpresa quando sinto a dor diminuir gradualmente. Acho que ela percebeu o meu semblante alterar, pois não demora a tirar a minha mão de lá mais uma vez.

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