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Agosto, 2018
Barcelona

Quanto mais perto chegávamos do estádio eu entendia o motivo de eles não quererem me contar o nome da ''banda''.

Eu observava as pessoas ao lado de fora do estádio, as pessoas na rua, todos usavam camisetas de time. Era óbvio que hoje era dia de jogo. E eu fui tonta o suficiente para não perceber.

Era dia de jogo do Barcelona contra Real Madrid.

— Eu não sei se eu bato em vocês, se eu choro de nervoso ou se eu vou embora — falei depois de ter ficado quieta por longos minutos - fala sério, qual a necessidade de uma palhaçada dessas? — resmunguei sem olhar para meus amigos.

— Justamente porque você não iria querer vir.Ou ia? — Maitê falou apreensiva. Ela sabia o quão nervosa eu estava. Eu odeio esses três. — desculpa? — vai tomar no cu?

— Escuta, muito legal a intenção de vocês, mas infelizmente eu vou ter que ser um pouco grossa — falei com calma antes de explodir, com classe — da minha vida amorosa, ou o que resta dela, cuido eu. — sorte a deles que eu tinha vergonha na cara e não ia gritar na frente do motorista.

Gabriel tinha uma feição preocupada, franzi as sobrancelhas e desviei o olhar rapidamente. Que pensasse antes de fazer uma coisa dessas, idiota.

Porque eu tenho 100% de certeza de que essa ideia foi do desmiolado do Gabriel.

Quando o carro parou, senti meu coração fazer o mesmo por um milissegundo.Puta que pariu.

— Anda gente, o jogo já começou — Aurora apressou-nos enquanto puxava Gabriel pelo braço — anda logo, suas lesmas.

Meu coração estava disparado e minhas pernas, trêmulas.A mesma maneira que eu me senti no meu primeiro desfile importante, só que pior.

Quando entramos na arena, de fato o jogo já havia começado, procuramos nossos lugares e rapidamente nos sentamos.

A primeira coisa que fiz foi procurá-lo, óbvio.

Senti um leve frio na barriga quando meus olhos pousaram em Philippe, ele tinha a posse de bola e corria para a área do gol.

○○○

Quando o árbitro termina o jogo eu percebo que, puta merda, o jogo todo eu prestei atenção apenas em um jogador.Camisa 14.

O jogo terminou com a vitória do Barcelona, com um gol de Philippe, e a torcida comemorava e gritava.

— Micaela? Oi? Terra para Micaela — Aurora chama a minha atenção enquanto eu mantinha meus olhos fixos no estádio, olhei para a garota de cabelos cacheados que logo fez um sinal, apontando para Maitê.

— Você quer,...Você sabe...Ir comigo parabenizar o time? — se eu queria? Com certeza. Se eu devia? Puta que pariu, mil vezes não.

— E o Gabriel? — perguntei enquanto brincava com uma madeixa de meu cabelo, sempre faço isso quando fico nervosa.

Eu honestamente me sinto como se tivesse sido atropelada por um caminhão de mudanças, são muitas informações para a minha cabeça raciocinar e eu não lido bem com as coisas quando tem sentimentos envolvidos. E é óbvio que tem uma toneladas de sentimentos e pensamentos passando pela minha cabeça no momento.

— Ele já tá lá — a garota me estendeu a mão, me incentivando, e eu cedi. Caminhei até ela lentamente e demos as mãos, que por falar nisso, as minhas estavam tão suadas quanto o suvaco dos jogadores. É ansiedade que chama?

Durante nossa curta caminhada até o vestiário, Maitê me fazia perguntas aleatórias e fazia piadinhas idiotas para me distrair. Não adiantou muito, mas agradeço a tentativa.

Quando ela abriu a porta pude apenas ver alguns jogadores fazendo dancinhas e outros bebendo água, mas nenhum sinal dele.

E foi aí que eu o vi parado ao lado de um armário com os braços cruzados e um sorriso enorme estampado em seu rosto, porque ria das palhaçadas de seus amigos.

De repente ele desvia o olhar para mim e seu sorriso desaparece, sinto Maitê apertar a minha mão e eu aperto de volta com mais força, ele permanece parado com seus olhos fixos em mim. Eu possivelmente irei desmaiar de nervosismo.

— Parabéns pelo jogo, irmãozinho — Maitê quebra o silêncio constrangedor que havia se instalado e o abraça — como você pode ver, Mica também veio assistir. — ela faz um sinal para eu me aproximar, e eu obedeço.

— Hã, sim..Bom jogo, parabéns — falo baixinho, com a voz trêmula.

O que é que eu vou fazer, misericórdia.

— Fico feliz que tenha vindo, quero dizer, tenham vindo. — suspiro aliviada ao perceber que não sou a única que está nervosa.Na verdade nervosa é apelido, eu estou prestes a ser enterrada.

— Certo, vou deixar vocês conversarem — Maitê se afasta lentamente, recebendo um olhar mortal de mim, que ela ignora e mostra a língua. Que audácia.

— Micaela..— Philippe sussurrou após dar um longo suspiro e passar a mão por seus cabelos — acho que temos bastante para conversar? — ele afirma, porém soa mais como uma pergunta e eu apenas assinto — mas acho que aqui não é o lugar mais adequado — ele continua e solta um riso nervoso — então se você quiser, sei lá, sair pra jantar?

Arregalo os olhos só de pensar em sair jantar com ele, vamos com calma que meu coração não é de ferro, ok?

— Ou a gente conversa aqui mesmo, só que em um lugar mais reservado — ele ri, não sei do quê, mas eu ri também, e concorda.

— Certo, eu só preciso tomar banho e aí a gente acha um lugar.

Eu tinha esquecido do quão lindo seu sorriso é, e de como sua risada sempre foi contagiosa para mim. Sintomas de paixão, como diria meu consagrado — Gabriel Jesus.

Não estou dizendo que eu ainda seja apaixonada por ele ou algo do tipo, mas eu com certeza sou.

E é por isso mesmo que eu tô fodidíssima.

I missed you ♡ philippe coutinhoWhere stories live. Discover now