– Eu. (Eu tentava não gaguejar, mas o rosto de minha mãe era arrepiante.)
– Fala Guilherme. (Ela não gritava, mas falava num tom que me deixava muito apavorado.)
Eu relaxei o músculo e os ombros, ainda meio corados, com minha irmã me olhando com um olhar de julgamento eu comecei a abrir a boca.
– Ele me encontrou lá na avenida mãe, eu estava junto com meus amigos, ele só me reconheceu e me cumprimentou, eu só dei oi como gentileza entende.
– Não Guilherme, eu não entendo não e só te digo uma coisa eu não te quero com esse tipo de gente, se eu te pegar com esse guri Guilherme e de conversinha com ele pela minhas costas eu juro Guilherme que te ponho daqui para fora.
– Eu só dei oi mãe.
– Não quero saber, pode ate ser um aperto, não quero meu filho e nem minha filha se dando com um marginal desses, o Junior é um assassino guri, é um psicopata caramba, ta dado o recado se eu te ver com ele te ponho para fora, pois não vou ter um viciado dentro de casa não.
– Desculpa mãe.
– Claro né Guilherme, sou sua mãe, tenho que desculpar, e Suelem era minha irmã.
– Fica de olho em seu irmão, se você ver ele de conversinha com esse marginal me fale.
– Pode deixar mãe. (Falava minha irmã ao lado do sofá, como ela já pegava no meu pé. Subi as escadas fulo da vida batendo com tudo a porta de meu quarto, me lembrando de meu homem lindo e gostoso.)
Eu chorava muito mesmo, que me chegou a subir uma agonia só de pensar em não ver ele.
Logo depois tomei um banho e fiz algo para eu comer e subi para meu quarto, minha irmã cuidando meus passos como se eu fosse fugir dali…
Cadela. (Pensava comigo.)
Tranquei a porta de meu quarto e vejo meu celular tocar.
Pego ele.
Junior.
– Alô. (Eu digo calmo.)
– E ai, que ta fazendo?
– Nada não, to em casa vou me deitar.
– Deitar nada, borá vim aqui em casa fazer uma brincadeira comigo, esse moreno ta gamado.
– Junior bem que eu queria, mas não vai dar não.
– Por que?
– Alguém me viu com você na avenida do cinema ontem.
– O que tu disse?
– É isso mesmo, e minha mãe agora botou minha irmã no meu pé, ela ta me cuidando se eu to com você ou não.
– Mas que porra quem fez isso.
– Não sei não, minha mãe não quis falar, mas eu to com medo.
Eu comecei a chorar.
– Por que donzelinho. (Ele falava calmo agora.)
– Tu ta chorando?
– Tenho medo de me afastar de você Junior, cara eu to na tua de verdade.
Eu falava chorando baixinho.
– Fica calmo ai cara, eu também to na sua meu, mas fica na paz eu vou dar um jeito nisso falou.
– Que jeito Junior, não tem jeito, se minha mãe me ver com você é capaz de me dar uma surra veio, minha mãe é capaz de tudo Junior, ela te odeia cara.
ESTÁ A LER
Apaixonado Por Um Traficante
RomanceConta uma história de um garoto que se apaixona por um traficante (dono de um morro) baseado em fatos reais