CAP. VINTE E OITO ❧ PARTE UM

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Mesmo assim não deixo entregar a palavra que ele quer tão ouvir da minha boca. Invisto sem demoras numa provocação que possivelmente poderei ter a sua boca colada na minha em poucos minutos sem que seja preciso implorar por um beijo seu.

Mordo sensualmente o lábio para o provocar. Porque sei que ele não gosta que eu o faça e sim ele. A sua íris esverdeada vai ao encontro dos meus lábios, o rodeando com o seu olhar intenso e maldoso. Sinto os seus dedos a apertarem, com alguma força exagerada, as minhas nádegas. Os músculos do seu corpo começam a ficar tensos e o seu olhar fica cada vez mais profundo e intenso. Estou a ponto de cantar vitória quando o seu olhar embate nos meus olhos e uma das suas sobrancelhas arqueia-se.

Engulo em seco.

— É somente esse toque pecaminoso de morder o lábio que sabes fazer? É assim que está escrito nos livros como uma mulher consegue provocar um homem. — Cravo as unhas no seu cor cabeludo querendo que ele gemesse, mas não tivesse sorte. — Pois asseguro-te que não vais longe e eu... não te darei o que tu queres. Terás de te esforçar mais. Acho que é muito melhor implo...

As suas palavras ficam cortadas e esquecidas em volta do apartamento. As veias que se entreligavam o meu corpo pulsavam nervosamente, tal como o meu cérebro que estava completamente perdido e sem ter um único raciocínio correto de uma jovem, ex-colegial e virgem. Mesmo assim, investi nele, deixei que os meus lábios falassem por mim tal como a excitação que fervia dentro do meu corpo.

A minha boca, parecia um avião ao descolar na direção do seu pescoço. Ela repousou em poucos segundos na lateral do mesmo. Houve segundos que fiquei sem saber o que fazer com o seu pescoço, mas rapidamente deixei que os meus lábios decidissem. Eles começaram a dançar contra a sua pele salgada, tatuada e bronzeada do seu pescoço como se fosse a sua própria boca.

Os movimentos que os meus lábios faziam no seu pescoço, fazia com que Dominick apertasse mais o meu corpo contra o seu e os dedos nas minhas nádegas. Por de baixo da minha intimidade, pude sentir aquele objeto duro e rijo dele a tocá-la como precisão.

Sinto o seu pescoço a ficar molhado por conta do meu beijo, mesmo assim não me importo em deixá-lo mais molhado passando a língua sobre o nervo pulsante e saliente do seu pescoço.

— Diaba! — Rosna furiosamente. Os seus passos voltam a atacar o chão de madeira, eles deslisam raivosamente pelo apartamento. O aperto das suas mãos contra o meu rabo ficou mais agressivo. Ouço objetos a cair em nosso redor, assusto-me um pouco com o seu descontrolo, mas mesmo assim a minha boca não saiu de onde estava.

Respiro profundamente e solto um grito de surpresa. Os nossos corpos são separados brutalmente por ele, que agarra nas minhas ancas e põem em cima de algo. O meu rabo embate com precisão em cima de uma superfície gelada fazendo-me arregalar os olhos e estremecer. Estava a ponto de focar a visão na sua pessoa, quando sem mais nem menos as minhas mãos são separadas do seu pescoço e postas, cada uma delas ao lado das minhas coxas despidas. Cada uma das suas mãos envolve os meus pulsos, mostrando-me que quem manda aqui é ele. E é ele quem tem o poder da situação.

— Domi...Dominick. — Gaguejo e engulo em seco. O homem que se encontra na minha frente não é o respetivo Dominic, o meu guarda-costas. É um selvagem, louco de raiva e de excitação.

Dom encara-me silenciosamente e sem que uma palavra saia da sua boca, a mesma aproxima-se da minha. O meu peito sobe e desce. Consigo ouvir o meu coração a cantar por vitória, mas mais uma vez consigo-me enganar e consigo ser levada pelo seu jogo.

A linha perfeita dos seus lábios rosados paira perto dos meus. Inclino a cabeça para a frente tentando capturar a sua boca, mas não tenho sorte. Ela desce para o meu queixo, plantando um beijo firme e calmo nele. A sua boca volta a subir, deixando um beijo no canto dos meus lábios somente para me provocar.

PERIGOSAMENTE TENTADOROnde histórias criam vida. Descubra agora