Capítulo 06 - Camilo - Queria lembrar daquele ditado da sorte e do azar

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            - Princesa, estava com uma dor de cabeça terrível, deitei cedo e peguei no sono. Deve ter sido o remédio que tomei. Desculpe-me. Me diz, do que você precisa?

            - De apenas uma coisinha: quero nossa casa comprada até o fim dessa semana. – que merda está acontecendo?

- Eu te prometi e vou cumprir. Diga-me, por que toda essa ansiedade, Princesa?

Ela fica muda e demora bastante para responder. Eu gelo.

            - Apenas saudades, meu amor. – ela nunca foi tão esquisita ao dizer isso como hoje.

            - Também estou com saudades, preciso desligar, estou dirigindo. Beijos.

Tem alguma coisa errada, será que aconteceu algo com a Sara e ela não quis me contar? Já vi que teremos problema vindo aí. Que grande merda!

Até que percebo que estou indo ao trabalho, mas hoje é domingo. Céus onde é que estou com a cabeça, não é possível que a vontade de ver Marina é tanta que já estou me perdendo nos dias da semana? Grande merda! Nem mal chegou e está enlouquecendo a minha vida. Dou meia volto e retorno para o hotel.

Vou o restante do caminho pensando na Marina, no quanto ela é uma mulher leve, divertida e sexy. Por que não a encontrei antes? Tenho certeza que me apaixonaria por ela sempre, mas agora o que posso fazer, tenho a Sara e todas as promessas que fiz a ela.

Consigo sentir o cheiro da Marina em mim, o seu toque, os sons dos seus gemidos, a forma como ela me apertou ao gozar. Realmente, ontem fui um homem de sorte.

Tive um domingo de merda, minha vitalidade está no lixo. Só fiz dormir, dormir e dormir. Na manhã seguinte, acordo pouco disposto, mas preciso retornar ao trabalho, me arrumo e sei que estou perfeito como sempre.

Chego ao jornal e só desejo uma coisa, encontrar a Marina pelos corredores, ouvir sua voz e ter o prazer de vê-la sorrir. Preciso tê-la de novo, preciso encontrá-la e sentir igual ou mais do que essa noite que passamos juntos.Que só de lembrar... Melhor ocupar minha cabeça com trabalho. Foco Camilo!

O dia passa se arrastando, faço de um tudo, mas não a encontro em

lugar algum. Até parece que está se escondendo de mim ou me evitando.

Não consigo falar com mais ninguém, além da sua secretária. E o que é

uma merda, não tenho o número do seu celular. Sou realmente um idiota

e burro.

- Redação, boa tarde, Carla falando.

- Oi Carla, eu gostaria de falar com a Marina.

- Quem gostaria, por gentileza?

- É o Camilo, Carla. Pode passar a ligação

- Infelizmente não posso, pois a Senhora Marina – sinto um tom meio

hostil em sua voz ao dar ênfase na palavra “senhora” – saiu parao

almoço.

- Mas às três e meia da tarde?

- Pois é. Cada um sente fome em horários diferente. Posso ajudar em

algo mais? – Tenho a impressão de que Carla não vai com a minha cara.

Secretária petulante.

- Não! – digo e desligo o telefone.

Só tenho uma opção, esperá-la na saída do prédio. Isso se ela voltar a

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