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"Somos como estrelas perdidas em um universo infinito".
Meu nome é Jéssica Pasturczak, eu moro em uma cidade pequena e bem longe do resto do mundo. Sou mais velha do que aparento, já tenho o ensino superior completo, já fiz alguns cursos e tenho uma profissão adulta. Apesar disso tudo, soube o que eu queria ser quando crescesse quando ainda era uma criança.
Eu sou escritora.
Talvez eu tenha percorrido o caminho errado por algum tempo. Ouvi muitas pessoas falarem que palavras não sustentam ninguém, que escrever não é uma profissão segura, que ninguém iria querer ler o que eu criasse.
E eu acreditei nisso por um tempo. Acreditei e abafei as minhas palavras o máximo que pude. Acreditei que isso era importante. Que não valeria a pena escrever e divulgar as minhas histórias se ninguém fosse ler. Acreditei que não valeria a pena escrever se isso não fosse financeiramente seguro.
Eu tinha vergonha de dizer isso (ainda tenho um pouco, na verdade): eu sou escritora. E não vergonha por ser algo vergonhoso, porque é algo maravilhoso. Vergonha porque eu coloco tudo de mim nas minhas histórias. Nos textos que escrevo, nos poemas que eu crio e nos desabafos que simplesmente caem no papel. A vergonha é do que os outros pensariam quando lessem a confusão que há em mim.
Mas a verdade é que isso não tem a ver com mais ninguém, apenas comigo mesma.
Hoje eu sei que escrever é parte de mim, de quem eu sou. E não existe mais qualquer possibilidade de eu parar de escrever um dia. Mesmo que ninguém queira ler. Mesmo que eu escreva apenas para mim. Para expressar os meus pensamentos complicados ou contar as histórias que surgem na minha cabeça de repente.
É simples e natural: eu preciso escrever. É uma necessidade.
E se um dia as pessoas quiserem mesmo ler... no dia em que o meu nome esteja puramente ligado a livros e palavras, bem, será nesse dia que o meu maior sonho vai ter se realizado.
