Capítulo XXIX: A estrela do norte

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— Ela não tinha a mínima ideia de que estava me ajudando a fazer uma surpresa para ela mesma — Brian falou, sorrindo, e me abraçou de lado, me fazendo revirar os olhos.

— Como que eu ia adivinhar uma coisa dessas? — comentei e todos riram.

— Qual era a surpresa? — Alice perguntou, alternando olhares entre nós dois.

— Ele cantaria uma música, enquanto eu apenas tocaria, como um plano de fundo — respondi, olhando para ele logo em seguida. — Mas eu acabei tocando para mim mesma.

— O que você toca? — Anthony perguntou. Ele quase não havia falado nada.

— Violino.

— Toca há quanto tempo? — Foi a vez de Alice perguntar.

— Eu não tenho certeza — admiti, rindo. — Faz muito tempo, tanto que perdi as contas.

— Ai, vocês são tão fofos! — Ashley afirmou, suspirando. — El, quero ser uma das madrinhas quando vocês casarem, porque eu sei que vão. — Ela segurava em minha mão ao mesmo tempo em que pedia.

Não respondi nada, apenas sorri. Sabia que, se Brian me pedisse em casamento algum dia, eu, com certeza, aceitaria.

— Você quer subir? — Brian propôs quando estávamos apenas nós dois na mesa de jantar

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— Você quer subir? — Brian propôs quando estávamos apenas nós dois na mesa de jantar. Ashley foi para o seu quarto e seus pais tiveram um problema no trabalho, pelo que disseram.

— Se você quiser... — respondi e ele se levantou, me estendendo a mão.

Nós subimos as escadas em meio ao silêncio e, quando estávamos no corredor, Brian abriu a última porta do lado esquerdo para que eu entrasse. Seu quarto era azul e simples: uma cama encostada na parede próxima à janela, uma mesa com muitos papéis em cima, um mural na parede, um guarda-roupa e algumas prateleiras.

Ele se sentou na cama enquanto eu analisava tudo ao redor. Aproximei-me da mesa com os papéis, vendo vários poemas inacabados e alguns rabiscos. O que me chamou a atenção, porém, foi um desenho em especial, pregado com tachinhas no mural: um olho com íris de galáxia e uma estrela brilhante, além de um pequeno trecho de poema ao lado.

— Eu imaginava que você ia ver isso — Brian disse e voltei minha atenção para ele, que ainda estava sentado na cama. — Quando eu vejo seus olhos, nada pode me abalar, porque eu sei que, em qualquer lugar, a minha estrela do Norte vai me guiar.

Olhei uma última vez para o desenho antes de caminhar até Brian. Tirei os sapatos e me sentei na cama. Instantes depois, ele se virou até estar de frente para mim. Sua mão afastou alguns fios do meu cabelo e acariciou meu rosto. Eu, realmente, não sei o que tinha feito para merecer Brian Bowmany.

— Você se tornou minha estrela do Norte. — Seus olhos pareceram enxergar minha alma. — Sei que ainda temos um longo caminho a percorrer e que tudo está sendo muito rápido, mas eu demorei tempo demais para te falar isso, Ella, e, agora, não quero perder mais nada, nem mesmo um segundo — Brian sussurrava todas as palavras e, depois, abriu uma gaveta da cômoda. — Era para eu ter te dado isso no auditório, só que o dom para esquecer as coisas.

Ele revirou os olhos e eu ri com a observação, me lembrando do caderno de poemas, nosso ponto de partida. Tinha medo de falar alguma coisa e acabar com todo o clima. Brian abriu a caixinha que retirou da gaveta e me estendeu, me deixando ver os dois anéis delicadamente guardados ali dentro.

— Você está brincando? — falei e ele riu.

— Acha que eu teria coragem de brincar com algo assim?

Deixei que ele colocasse a aliança de compromisso no meu dedo. Em todos os seus movimentos, não tirara os olhos dos meus um só segundo. Sua cabeça abaixou suavemente, até que seus lábios encontraram a pele fina da minha mão. Ali, eles descansaram. Um simples beijo, porém, que representava muito. Em uma promessa silenciosa, Brian me passava a segurança e me mostrava que, embora estivéssemos juntos há pouquíssimo tempo, ele estava ali para mim, assim como eu sempre estaria para ele.

Eu o abracei e Brian deitou comigo em seus braços. Com um movimento, ele encostou sua cabeça na minha, o braço ao redor da minha cintura.

Sentindo a paz que era estar com ele, percebi que poderia ficar ali para sempre. Brian era toda a calmaria e romantismo que sempre quis, mas que nunca, nem em um milhão de anos, achei que fosse encontrar. Era como um príncipe em um cavalo branco e, se isso fosse um sonho, eu não tinha intenção de acordar.  

Oioi, pessoal!

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Oioi, pessoal!

Eu postaria esse capítulo ontem, mas, com os bugs da plataforma, decidi postar hoje (oremos para o livro não sumir).

O que estão achando da terceira parte? Brian e Ella juntos é muito amor, não é? Explosão de fofura esses dois.

Os capítulos já estão bem adiantados e só faltam 6 para eu finalizar a escrita de spaga. Vocês sabem o que é ficar feliz e triste ao mesmo tempo? É isso. De acordo com as minhas contas, spaga será finalizada no dia 12 de outubro.

Porém, em compensação, o planejamento do livro 2 já está a todo vapor e eu espero, realmente, que vocês continuem acompanhando.

Aos novos leitores: sejam bem-vindos! Podem comentar à vontade, sempre tento responder a todos os comentários.

Até semana que vem!

Sobre poemas anônimos, garotos e amor - Livro I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora