The Message - TERMINADA

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No caminho começámos por ouvir a música que passava na rádio, mas muito rapidamente eu comecei a lembrar-me de algumas algumas coisas que queria saber.

Talvez me estivesse a controlar para não o bombardear com perguntar, mas essa vontade controlou-me.

- Como sabias que aquela escola? – o meu questionário ainda mal tinha começado e a minha curiosidade estava a falar mais alto.

- Perguntei aos teus pais. – ele sabia que vinha aí um questionário. 

- Vais ficar cá até quando? – perguntei olhando para a expressão concentrada do jogador.

- Até domingo. – responde sem desviar os olhos da estrada.

Apreciei a paisagem por onde passava.

- E vais ficar onde? – perguntei enquanto olhava pela janela do carro.

Embora tivesse quase a certeza que ele ia ficar num hotel, era só para ter a certeza.

- Na tua casa. – ele fala.

Ri-se ao ver que quando o ouvi olhei rapidamente para ele com uma expressão incrédula. Ele o quê? Como?

- Han? Explica lá? – atrapalhei-me toda por causa da admiração que sentia naquele instante.

- Falei com os teus pais. Eles deixaram-me ficar lá, aliás nem pedi nada. Eles convidara-me para ficar lá. – percebi tudo.

Sussurrei um "Era por isso que eles andavam cheios de segredinhos" e sei que o Grimaldo ouviu, pois riu-se.

Não disse mais nada. Fiquei a apreciar a viagem e o jogador ao meu lado.

Parece-me incrível o que ele se tornou para mim neste curto espaço de tempo e o quão à vontade eu me sinto com ele.

Normalmente, quando conheço alguém demoro algum tempo a falar o que é considerado normal com a pessoa, demoro a ter aquele à vontade de fazer piadas ou dizer qualquer coisa fora do necessário, mas com ele foi diferente.

Habituei-me muito facilmente a ele embora ainda seja um bocadinho estranho ter esta relação com uma pessoa que eu seguia e pensava ser impossível falar ou ver.

Sei que posso dizer-lhe tudo, ele até pode chamar-me louca ou assim, mas sei que não me vai deixar por isso.

Falo como se fosse namorada, melhor amiga ou coisa do género dele.

Sinceramente não sei o que somos, mas sei que existe uma ligação bastante forte entre nós.

Sei que gosto muito dele, talvez mais do que devia e isso assusta-me um pouco.

Em poucos minutos chegámos ao estabelecimento e ainda bem porque tenho imensa fome.

Os dois saímos do carro e caminhamos lado a lado para a entrada do estabelecimento, quando entramos dirigimo-nos para aquelas máquinas onde podemos fazer logo os nossos pedidos.

- Que queres comer, Grimaldo? – começo a tocar na tela da máquina, mas paro para encarar o jogador que tinha novamente o seu capuz posto para não ser reconhecido tão facilmente.

- O mesmo que tu escolheres. – solto um riso com a sua resposta e começo a selecionar os itens que queria.

Depois de nos ser dada a nossa comida, sentamo-nos numa das mesas livres ficando de frente um para o outro.

Comia e admirava o jogador, não conseguia resistir.

Para além de quase não conseguir acreditar que ele está à minha frente, ele é demasiado bonito e cativante.