Eu o perdoo. (Parte Final)

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Não demorou muito para a policia chegar. Eles fizeram perguntas para mim e Allyson. Eu podia vê-la sentada na calçada com dois policiais a sua frente, ela respondia a todas as suas perguntas com lágrimas nos olhos.

-O que aconteceu?- perguntou um dos policiais pra mim.

Dei uma última olhada no corpo de Jack, sendo levado embora. Tive que inventar uma história, sobre Jack ter sido o assassino. Ele ia matar a minha namorada, mas eu apenas a defendi, e acabei por matá-lo. Não fui preso nem nada, acho que tiveram pena de mim, e acharam que nem eu nem Ally tínhamos culpa.

- Ele só teve o que mereceu.- murmurou o guarda.

Eu não achei certo o que ele disse. Jack não merecia aquilo, ele não merecia nem que eu mentisse sobre ele ser o assassino, sendo que era eu. Ele não merecia nada daquilo, desde ser órfão a morrer.

Os policiais nos levaram até a delegacia, onde continuamos a responder algumas perguntas. Logo, os pais de Allyson chegaram. Ela me abraçava com força e chorava no meu peito. Não era capaz de dar atenção aos pais. Eu sei que ela queria, mas simplesmente não conseguia. Ela ainda tem medo.

- Ally, tudo vai ficar bem.- sussurrei em seu ouvido, a beijando em seguida.

Seus pais se aproximaram, e só ai ela olhou pra cara deles, abraçando os dois ao mesmo tempo.

Alguns minutos mais tarde, vieram os meus pais e as minhas irmãs. Minha mãe veio correndo até mim e me deu um abraço apertado.

- Ai meu Deus, Zayn! você está bem, filho?- disse, as lágrimas caindo pelo seu rosto.- Soubemos do que aconteceu, você foi muito corajoso.

Safaa, Doniya e Waliyha me abraçaram todas ao mesmo tempo e meu pai fez o mesmo.

- Safaa...- chamei, ela olhou pra mim com lágrimas nos olhos.- Desculpe por ter matado o irmão da sua amiga.

Ela sorriu com o canto da boca e balançou a cabeça.

- Elinor será forte.-disse.- Assim como você foi, Zayn.

[...]

Já era de manhã quando eu e Ally saímos do hospital para tratar das feridas que Jack nos fez. Por sorte, não tiveram que colocar pontos nos meus braços, mas tive que ficar horas lá dentro para os médicos terem certeza do meu estado de saúde. Eu odeio hospitais.

Ao sairmos do quarto, vimos Louis e Donna no corredor branco e comprido. Donna sentada na cadeira com as mãos no rosto e Louis andando de um lado para o outro, preocupado. Os dois nos viram ao mesmo tempo, e Donna saiu correndo da cadeira para abraçar a amiga. Elas choravam baixinho, uma no ombro da outra.

Louis caminhou até mim e abriu os braços. Foi a primeira vez que abracei Louis, e naquele momento, eu descobri oficialmente porque Ally e ele são tão amigos. Descobri porque ela conta com Louis para todas as coisas, o porque de jogarem videogame todas as sextas a noite, de andarem sempre juntos. Louis é um amigo de verdade, um que nunca te deixa na mão.

Semanas mais tarde, descobri que Louis também fuma. É meio vergonhoso dizer isso, mas fumar com ele passou a ser muito divertido. As besteiras que ele fala são em dobro, e me fazem rir a cada segundo. Ele se tornou meu melhor amigo também. Eu eu não podia esconder segredos do meu melhor amigo. Um mês depois, contei a ele que eu era o assassino. Que eu tinha matado Lana e todas aquelas garotas. Ele ficou me olhando confuso e depois começou a rir.

- É brincadeira, não é?- disse.

Falei que não, e quando descrevi a aparência de Lana, seu sorriso desapareceu. Eu nunca cheguei a conhecer Lana, e ele sabia disso.

Achei que ele ia me matar, me socar até a morte e fazer todas aquelas coisas que ele dizia que faria. Mas não. Tudo que ele fez foi chorar, chorar como se outra pessoa que ele ama tivesse morrido bem ali, na sua frente. Eu acabei por chorar também e a pedir mil desculpas. Droga, ele era o meu melhor amigo...

Louis ficou 3 semanas e meia sem falar comigo. Muito menos olhar na minha cara. Quando eu passava do seu lado, ele me tratava como se eu fosse invisível. Ele teria continuado se Ally não tivesse conversado com ele.

Ela explicou que me ignorar machuca tanto a mim quanto a ele, e que eu não tinha culpa. Louis precisou de mais dois dias para pensar. E então, numa noite de quarta-feira, Louis Tomlinson bateu na minha porta, me abraçou e disse com a maior sinceridade do mundo:

- Eu te perdoo.

Allyson on.

Quando Zayn contou a Louis a verdade, claro que Donna também ficou sabendo. Ela teve uma reação diferente, já que Zayn não matou ninguém que ela conhecia, e Bruna foi morta por Jack. Mas ela também ficou assustada. Perdoou Zayn algumas horas depois. Esse é um segredo que vai ficar só entre nós quatro. Mais ninguém precisa saber disso.

Eu e Zayn? Sim, ainda existe um futuro para nós dois, até fomos para a cama juntos. Eu perdoo Zayn Malik. Por tudo. O que posso fazer? É esse o homem que me faz feliz. É ele que me seduz com os olhos castanhos, com o corpo tatuado, quando morde os lábios, quando sorri com a língua entre os dentes, ele que me faz rir, que me beija quando eu quero e quando eu mais preciso. Ele que me salvou.

Ninguém pode substituí-lo. Zayn é só mais um ser humano, que comete erros como todos nós.

Às vezes, Zayn me pergunta por que ainda estou com ele. Por que não o abandono de uma vez? Dizia que só causou mal a minha vida. Eu sempre fazia a mesma coisa: O calava com um beijo, colava nossas testas, botava meus braços em volta do seu pescoço e respondia quase num sussurro:

- Porque eu te amo.

Fim.

:') Último capitulo... espero que tenham gostado da fanfic, porque eu amei escrevê-la. Agora, eu vou ter mais tempo para terminar a minha outra, Voices, com o Louis, e em seguida, depende da minha criatividade, haha. Obrigada a todos que acompanharam a Fic! 

Xx Aninha.

Killer |Z.M|Where stories live. Discover now