A Escolha Errada [ MORRO ]

Capitulo 13

MANUELA NARRANDO

Acordei toda suada e chorando, me sentei na cama e pude respirar aliviada, foi apenas um "pesadelo", mais se for um aviso? Eu acredito que sonhos nos avisa do perigo.

Olho no meu celular 03:30 da manhã, mais parecia tão real, o meu Deus me proteja e principalmente proteja minha Lívia, me levanto, caminho até o seu quarto, vejo que está dormindo tranquila, volto pro meu quarto mais não consigo mais dormi, sinto que não estamos seguras aqui.

Vou até a cozinha, bebo um pouco de água, volto pra cama e tento dormi, amanhã será um novo dia.

O celular desperta, coloco na soneca de 5 minutos, despertador torna toca de novo, me espreguiço, vou para meu banheiro, faço minha higiene pessoal, volto pro quarto, coloco uma roupa de moletom, amarro meu cabelo, vou no quarto da Lívia e acordo a mesma.

***

Enquanto circulava entre as mesas, levando três pratos na mão direita e uma na esquerda, caminho até uma mesa aonde tem quatros homens, que aposto que são os vapores do BN, um deles deu um breve sorriso olhando para o meu rosto, reviro meus olhos, sinto o seu olhar me observando até eu me afastar da mesa.

Fui em direção ao balcão, limpo o mesmo que já estava cheio de gordura, sinto alguém tocando meu ombro, me viro de pressa e pude ver a Karla esposa de João

__ Manu minha linda, você poderia atender aquela mesa ali - disse apontando para uma no canto aonde tinha um casal

__ claro que sim - peguei meu caderninho de anotar pedidos, minha caneta e caminhei até a mesa, anoto os pedidos e caminho em direção ao balcão aonde Melody a ajudante de cozinha pega os pedidos e os leva para a cozinha para serem preparados.

Como a Lívia sai da escola as 16:00 da tarde, João e Karla me liberam as 15:30 aonde o movimento já tinha parado, a escola dela não fica tão longe daqui, fica na entrada do morro, vou caminhando até lá.

Chego em frente ao portão aonde tem vários pais esperando o mesmo ser aberto, as 16:06 o portão se abre, é aquela muvuca de pais querendo ser os primeiros a pegarem o seus filhos, sou uma das poucas pessoas que espera pra poder entrar, caminho até a sala da Lívia e a encontro sentada na cadeira junto com uma coleguinha

__ Com licença, boa tarde prof, sou mãe da Lívia - sorrio simpática para ela

__ claro, sua filha é muito educada, parabéns - sorrio com o elogio dela, ela olha para trás e fala - Lívia sua mamãe chegou, vejo a mesma pega sua bolsa, caminha até mim, se despede da professora e da coleguinha, pega na minha mão e vamos em direção da saída da escola

__ como foi a aula filha? Gostou? Fez bastante amiguinhos? - digo olhando para os lados e atravesso a rua com ela

__ fiz sim mamãe, a escola é muito legal mesmo, comi tudo mamãe, mais a professora não deixou eu mimi, começo a rir

__ aí dona Lívia, você é demais, estamos subindo o morro quando escuto o ronco da moto do Bruno

__ Coe loira, preciso bater um lero contigo - diz parando a moto no nosso lado - oi baixinha

__ o que foi agora Bruno? - digo ajeitando a bolsa da Lívia no ombro

__ oi tio Bruno, tem chocolate?

__ Não baixinha, mais depois eu levo um monte pra você firmeza? - ela assenti, ele pega um cartaz que estava na suas costas e me entrega, fiquei sem entender e abro o mesmo. Não, não pude acreditar, que esse maldito fez isso comigo

__ isso é uma brincadeira né Bruno? - digo rasgando o cartaz

__ Olha pra minha cara e vê se tenho cara de quem faz essas brincadeira tiw - reviro meus olhos e faço cara de tédio

__ isso ae tá espalhado em todos os lugares - diz me olhando

Thiago, aquele infeliz, fez um cartaz com a minha foto escrito "Procurada por assassinato" eu? matando alguém? Não pode ser, não acredito que ele fez isso

__ Loira isso não é nada, ele descobriu que você está aqui e tá vindo te busca junto com os vermes, hoje vai ter invasão, você precisa se esconder junto com a Lívia. Me deu um aperto no coração e lembrei do meu sonho, era aviso, eu sabia

__ Bruno não deixa nada acontecer com a Lívia, eu....eu sei me virar, só protege ela por favor

__ tu tá maluca carai? Tu vai ficar na minha casa junto com a baixinha e a Bia, estão vindo reforços de outros morro pra cá, hoje eu mato esse maldito

Fico trêmula porque nunca fiquei no meio de tiroteio, ou muito menos de uma invasão, pego Lívia no meu colo, corro pra casa do Bruno com ela, ele está vindo me busca, Deus não deixa por favor, não deixa.

FIM DA NARRAÇÃO