Capítulo 5

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POV Mani

Briguei com Dinah antes de sair de casa. Tudo bem a culpa foi minha. Eu não devia ter tirado a aliança e deixado na pia do banheiro. Mas eu deixei, e Nick derrubou ela dentro do cano da pia quando foi escovar os dentes.
Dinah surtou. Começou a dizer que eu tinha a vida pra perder a aliança e perco logo no dia que vou fazer as fotos da linha nova de lingeries.
Claro que me irritei, afinal não perdi a aliança de propósito, mas eu realmente achei que depois de contratar uma fotógrafa mulher pra fazer as fotos ela ia parar de causar por isso. Triste engano da minha parte.
O bom é que antes de descermos do carro fizemos as pazes, no estacionamento subterrâneo da empresa, e ela disse que vai me comprar uma aliança nova.
Porque esses corpetes tem que ser fechados na parte de trás? Seria tão mais fácil e conveniente se o fecho fosse na frente, mas não, é atrás. Já estou a vinte minutos tentando fechar essa porcaria pra ir pra sessão de fotos e não consigo.
Ninguém vem aqui pra me ajudar.
Pego o celular pra mandar Dinah vir aqui fechar quando a porta abre.

-Amém. - Digo jogando as mãos pro alto. - Fecha pra mim por favor?

Sem olhar a pessoa me viro de costas e seguro o cabelo olhando pra baixo, pra que quem quer seja possa fechar o corpete pra mim.
Sinto mãos macias fechando os botões de cima do corpete. Solto o cabelo e olho no espelho em frente, uma baixinha loira fecha os botões do meu corpete devagar.
Quando ela levanta a cabeça nossos olhares se cruzam pelo espelho. Que mulher linda, seu rosto delicado, de pele clara, olhos castanhos tão bonitos, boquinha fina, nariz delicado...
Depois de olhar pra ela a sensação dos seus dedos em minha pele parecem me causar um formigamento.
Ela termina de fechar os botões do meu corpete e me viro pra lhe olhar.
A mulher me mede da cabeça aos pés com um olhar lascivo, que ao invés de me deixar constrangida me causa um prazer enorme.

-Você é muito bonita. - Diz a baixinha me olhando.

-Você também. - Respondo sincera e saindo do meu transe estendo a mão. - Normani.

Ela olha minha mão estendida.

-Allyson. - Nos encaramos por um tempo. Então ela segura meu pescoço e me puxa pra um beijo.

Meu Deus, que boca é essa? Esses lábios macios sobre os meus estão tirando toda consciência que eu tenho.
Nesse momento eu não consigo pensar em nada, só nesse beijo maravilhoso. Sinto sua língua passando em meus lábios enquanto sua mão aperta forte minha cintura. Separo minimamente meus lábios pra arfar de prazer, mas pra ela é o bastante pra invadir minha boca com sua língua doce e possessiva.
Simplesmente não consigo me controlar, estou beijando essa mulher de volta, chupando sua língua e me entregando a sensação desse beijo.
Por ironia do destino é seu gemido que me trás de volta a realidade, de forma que assim que o som escapa de sua boca eu me lembro de Dinah.
Droga!!!
Eu sou casada, preciso parar com isso agora mesmo.
Me afasto, saindo de seus braços.
Allyson ainda tem os braços estendidos, como que segurando ainda meu pescoço e minha cintura. Ela os abaixa lentamente e abre os olhos.
Ficamos nos encarando por um tempo.

-É... - Ainda me sinto perdida pelo beijo. - É melhor irmos logo fazer essas fotos.

Saio assim que digo isso e ouço sua risada baixa e incrédula quando ela me segue.

**

A sessão foi longa mas divertida, apesar de eu ter dificuldades em me concentrar porque não parava de pensar no beijo que Ally me deu no camarim, e na minha esposa claro.  Que merda, nunca pensei que chegaria a traí-la.
Com o passar do tempo naquele estúdio a culpa começa a me consumir, me deixando mal por ter correspondido ao beijo. Eu devia ter cortado de uma vez. Eu sou casada droga.
Quando a sessão termina eu vou em direção ao camarim, mas alguém me segura pelo braço.

TrilateralOù les histoires vivent. Découvrez maintenant