Vejo enfim a luz brilhar

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Naruto balançou a cabeça em negativa, o movimento causou dor em seu pescoço e cabeça, ele tentou lembrar de algo, de qualquer coisa! Mas nada veio em sua mente confusa. Sentiu-se tonto, seu estômago embrulhou e, se tivesse alguma coisa nele, Naruto teria posto para fora naquele momento.

— Não consegue se lembrar de nada? — outra voz, que Naruto não conseguiu identificar de onde vinha, perguntou com preocupação. — Deve ser por conta da queda, — a voz disse para alguém.

Um rosto, tão familiar quanto os outros, entrou em seu campo de visão, um homem já em uma idade avançada, ele colocou uma luz incômoda em seus olhos e Naruto quase pensou que ficaria cego.

— Não há sinal de midríase. — o senhor constatou.

Atordoado, Naruto afastou todos os que estavam ao seu alcance; ele estava se sentindo sufocado.

O barulho de sirenes quase o ensurdeceu, seus ouvidos sensíveis demais para sons naquela altura.

— Eu... Eu p-preciso sair daqui. — murmurou em pânico, mas antes que pudesse se levantar, várias pessoas o cercaram e uma mulher vestida em um macacão azul forçou seu corpo para baixo, o fazendo repousar em uma superfície gélida. Se assustou quando foi amarrado, levantado e levado para a ambulância, sendo colocado dentro dela e assistindo impotente as portas fecharem.

A mesma mulher que o amarrou estava ao seu lado agora.

— Pra onde estão me levando!? — perguntou assustado, a cada palavra que Naruto dizia sua garganta ardia mais.

Ela lançou uma olhadela em seu rosto e depois voltou a verificar os cortes e lesões em seu corpo.

— Para o hospital, — respondeu depois de um momento. — Não se pode saber a profundidade dos seus machucados ou os traumas que seu corpo sofreu na queda, por isso você precisa de atendimento médico urgente.

Não entendeu muito bem do que ela estava falando, mas preferiu ficar calado e fechar os olhos. Ele apagou em poucos segundos.


Suas pálpebras tremeram e, devagar, seus olhos azuis apareceram. Olhou perdido ao seu redor percebendo que estava em um quarto irritantemente branco com aparelhos ligados a si.

Quando tinha chegado ali? Não se lembrava de sair da ambulância. Quando foi que ele dormiu?

Retirou o lençol e subiu a estranha vestimenta que o cobria conseguindo ver vários curativos espalhados pelo seu corpo, levou suas mãos ao seu rosto e sentiu os curativos em cada bochecha então seguiu para sua cabeça e a encontrou enrolada com faixas. Foi quando notou todo seu corpo tremendo e buscou se sentar na pequena cama, lágrimas inundando seus olhos, atrapalhando sua visão.

O que estava acontecendo?

Soltando um soluço, tampou o rosto, o choro compulsivo o tomou e seu corpo balançava no mesmo ritmo que as lágrimas caiam. Não sabia como foi parar ali, nem ao menos quem era, tudo do que se lembrava era da sensação desesperadora e do terrível medo, mas sobre si mesmo Naruto sabia apenas seu nome e nada mais.

— Vejo que já acordou, — uma mulher vestida de branco adentrou no quarto. — Sou a enfermeira Ino, estou aqui para cuidar de você. — ela informou enquanto injetava alguma coisa no soro que hidratava suas veias. — A Dra. Senju já vem lhe ver, peço que espere pacientemente.

Naruto não olhou em sua direção mesmo quando a enfermeira ficou um tempo esperando sua resposta, o homem não parecendo ter consciência da sua presença ali. Ela suspirou e quis dizer algo para reconforta-lo, mas deveria se portar como uma profissional e somente isso então Ino anotou na prancheta a aplicação do remédio para a dor e saiu do quarto.

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