NÃO DURMA... PARTE 2 (CONCLUÍDO)

Dê-me Insanidade

Rafael, rapaz insano, outrora ouvira falar sobre um tal "Ruído Branco" - aquele que designa a junção dos sons de todas as frequências - em diversos sites, blogs e fóruns, e resolvera uma vez experimentar a sensação de ouví-lo - dada a questão de que junto aos posts falando sobre tal tema, acompanhava um vídeo de 2 horas, contendo apenas chiado (o tal ruído) e um alerta sobre os riscos existentes.

Como já vos disse, não tratava-se de um rapaz qualquer, era um aventureiro, um insano da vida. Ignorou totalmente o aviso sobre os riscos, assim como o outro aviso, que informava ser necessário somente 30 minutos de vídeo.

Rafael pôs os fones, desligou tudo ao seu redor, trancou-se no quarto e deu play no vídeo. 5 minutos, 10 minutos, 15 minutos, 20 minutos... e nada... Então, exatamente aos 30 minutos ele ouviu algo. Deu um pequeno pulo na cadeira em que estava. Foi deveras súbito - e bem baixo também. Rafael aumentou sua concentração, e aos 35 minutos pode ouvir a mesma voz novamente. Dessa vez, foi mais alto, mais nítido...

"Insano... insano..."

A voz passou a repetir isso. Não era de uma criança; era algo mais grave e rouco também. Rafael deu um sorriso e continuou a ouvir.

No fim de toda sua aventura psicótica, as únicas palavras que o garoto ouvira - além dos demasiados gritos - eram: insano... insanidade. O rapaz tirou os fones, seus olhos estavam arregalados por completo, sua respiração acelerada, suas mãos trêmulas e sua boca movia-se incontrolavelmente. Ele se levantou da cadeira, cambaleante, embora, formando um sorriso de alívio no rosto. Foi como ele quis, foi como ele desejou: uma diversão insana!

Caiu no chão, pôs as mãos no rosto e começou a rir como um louco... um louco insano. A risada não parava, ao contrário de sua respiração que aos poucos fraquejava e, quando os olhos já estavam à revirar, demasiadas mãos surgiram do chão de seu quarto, que agora, encontrava-se tão quente quanto o fogo do inferno. As mãos puxaram-no, enquanto ele tinha uma linda e alegre morte. Uma morte, que sem sombra de dúvidas o jovem adorou ter. Uma morte insana.

Autor: Leon Leonidas ( predomínio do medo aaaaaa 💜)