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Chegamos em casa depois de toda aquela cena e Evan estava muito feliz, me deu muitos beijos e dormiu comigo agarrado, quase não conseguia respirar, nem parecia a mesma pessoa, era como se esse fosse o maior sonho de sua vida realizado.

- Ei - sua voz calma atingiu meus ouvidos me fazendo despertar - o que acha de viajarmos, não sei ficar longe de toda essa bagunça por um tempo?

- Acho que não é uma boa ideia, quando todos souberem da novidade - pus a mão sobre minha barriga - irão querer acompanhar de perto, eu não posso tirar isso deles.

- É, não posso discordar - suas mãos também pousaram sobre minha barriga - não podemos.

- Amanhã vou ligar para seu pai amanhã, e para o tio Sebastian. Eles vão ficar muito felizes em saber disso.

- Meu pai vai adorar. - Ele me apertou contra seu peito. - Mas enfim, amanhã é outro dia. Hoje o dia vai ser apenas nosso.

Seus lábios com um toque tênue percorreu meu pescoço, seus dedos levemente tocaram minha pele, deslizando até os botões da minha blusa, que se abriu.

- Tudo bem se fizermos isso não é?

- Claro que sim, não é como se fosse algo errado. - sorri com malícias.

***

Todos ficaram muito felizes ao saber que eu estava grávida, principalmente Evan que estava mais risonho e mais gentil e atencioso, as coisas pareciam a estar indo tudo bem, tudo 'parecia seguir o caminho normalmente. Avisei a Leonard também, que ficou surpreso e depois feliz por mim.

- Caso tenha enjoos ou fique muito sonolenta, quero que me ligue - Edith disse segurando minhas mãos.

- Pode deixar, sorri.

- Eu vou ter um sobrinho! Ou um neto? - Tio Sebastian se aproximou sorrindo.

- Como sabe se vai ser menino? - indaguei - Eu quero uma menina, tenho quase certeza que será uma menina!

- Sem essa, todos os homens aqui querem um menino. - Evan me agarrou por trás, beijando rapidamente meu pescoço e pondo as mãos em meu abdômen. - Vocês mulheres estão em menor número, claro que não vão ganhar.

- Eu sou a mãe, eu sei o que vai vir, e não será um menino! - disse convencida.

- Vocês me parecem bem mais felizes - Sr. Scott disse sorrindo.

- Você não sabe o quanto pai.

***

- Eu tenho que ir aquelas aulas malditas? Sua barriga nem está tão grande. - resmungou.

- Por favor amor, - rolei os olhos - não comece com isso de novo, você vive ocupado na empresa e quando tem que fazer isso uma vez na semana acha ruim?

- É claro, são um bando de pais chatos, que já estão na terceira viagem e, - comecei a ignorar suas reclamações, já estava no quinto mês de gravidez e todo aquele clima agradável do início estava se esvaindo.

- Tudo bem, quer saber? - me virei para encará-lo - Se não quer agir como um pai, eu vou achar alguém que consiga fazer isso por você. - disse por fim, sentindo minha boca amargar com tais palavras.

- Que ótimo, nem sei se essa criança é minha mesmo!

Parei onde estava e o encarei incrédula.

- O que disse? - Seus olhos estavam arregalados exalando arrependimento.

- Olha, eu disse por impulso - passou a mão nos cabelos, se levantando e caminhando até mim.

Aquilo me deixou extremamente magoada e com raiva, apertei a alça da minha bolsa contra meu peito e me afastei quando ele deu um passo a mais para ficar em minha frente.

- Aly, sabe que eu não quis...

- Pra mim já chega tá legal! - disse lhe dando as costas, tentando ser o mais rápido e menos desajeitada que eu pude.

- Aly! - escutava seus passos me seguindo.

- Me deixa sozinha Evan! - disse entrando finalmente no elevador, as portas se fecharam antes que ele pudesse entrar.

Peguei meu celular e liguei para a pessoa que com toda a certeza do mundo me ajudaria agora, minha melhor amiga!]

- Alô - ela disse surpresa.

- Vem me buscar - disse com voz manhosa.

- Absolutamente não! Estou ocupada agora minha flor, tenho que planejar os detalhes restantes do meu casamento. Onde está o inútil do seu marido?

- Nós brigamos, não acredito que vai me deixar na mão! - choraminguei.

- Sinto muito, mas vocês precisam parar de brigar tanto assim, é a quarta vez esse mês, um estudo diz que a maioria dos casais se divorciam no período de gravidez, melhor pararem com isso.

- Tudo bem, obrigada pela sua não ajuda. - rolei os olhos e a porta se abriu, no primeiro andar.

Para minha surpresa, um Evan cansado se apoiando nos joelhos e suando estava em minha frente, claramente ele desceu as escadas até aqui, mas que diabos. Não conseguia não rir de sua cara exausta.

- Não acredito que fez isso! - disse gargalhando.

- Você acha graça? Eu corri até aqui!

- Amor, era só ter pegado o segundo elevador! - não conseguia conter as lágrimas de risos que começaram a escorrer pelos meus olhos.

- Eu me esqueci! Merda. - praguejou outros nomes quase inaudíveis - Pode vir aqui? Pra eu me desculpar, não estou sentindo minhas pernas.

Sorri e ele ficou em pé, para olhar em meus olhos, seus olhos azuis estavam em frente aos meus.

- Me desculpa ter dito aquilo, eu sou um imbecil e prometo que não reclamo em ir para aquelas aulas estúpidas que me ensina o que fazer caso essa criança nasça em um lugar inapropriado.

Sorri.

- Eu te perdoo. Mas agora nós temos que ir, estamos atrasados.

Evan, com certa relutância caminhou ao meu lado para o estacionamento, resmungando algo sobre nunca mais usar as escadas. Eu ria de cada reclamação, eu realmente não quero que continue essas brigas, não quero me afastar desse ogro troglodita nunca, se alguém pode ser o amor da minha vida, é esse homem.

Chegamos atrasados, alguns pais já haviam começado os exercícios de respiração, enquanto outros, os mais avançados, banhavam bebês de silicone.

- Atrasados de novo? - Um casal de primeira viagem, porém mais velhos que nós sorriram divertidos.

- Graças a meu esposo lindíssimo. - Evan sorriu sem graça.

- Carlos também era assim, quando éramos mais novos, que saudade desse tempo. - ela sorriu e lhe deu um selinho.

- Vamos, vocês quatro, parem de conversa e façam logo os exercícios. - A instrutora disse brincalhona.

Me sentei em frente de Evan que sempre ficava incomodado nessas horas, ele pois a mão sobre minha barriga, e com a outra segurou minha mão, depositando um beijo discreto no topo de minha cabeça.

Trato feitoWhere stories live. Discover now