Capítulo 2

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 Na vida, você nunca tem que lidar apenas com pessoas que você gosta. Seja no trabalho, nos círculos sociais ou na sua família, sempre vai ter aquela pessoa que te tira do sério. A minha pessoa era James Potter.

Remus e Sirius marcaram o casamento para o dia 2 de maio. Aproximadamente um ano depois do dia em que eles fizeram o anúncio para nós dois. Maio era considerado o mês da temporada de casamentos, pelo menos em Londres. O tempo estava finalmente agradável o bastante para que as pessoas não precisassem colocar cinco meias-calças por baixo das roupas – algo que provavelmente dificultaria danças e outras atividades.

Durante nove meses de preparação, os dois noivos haviam conseguido fazer com que James e eu mal nos encontrássemos. Eles se organizaram cuidadosamente e dividiram as tarefas entre nós dois. A partir do décimo mês, no entanto, Potter e eu acabávamos nos encontrando pelo menos uma vez por semana, para decidirmos alguns detalhes que faltavam, combinarmos as entregas das flores, doces, bolo, ou até para acompanharmos Remus e Sirius em suas aulas de dança – para apoio moral, Remus era um pouco desengonçado.

E, de uma hora para outra, Potter estava presente no meu trabalho de madrinha, nos meus círculos sociais, agora que ele, mais do que nunca, não desgrudava de Sirius, que por sua vez não desgrudava de Remus, que eu considerava minha família.

...

A Pasquim era uma revista feminina que abordava diversos assuntos. Nós fazíamos os editoriais comuns nas revistas do gênero, como moda, maquiagem e relacionamentos, mas também abordávamos ciência, filosofia e literatura. Eu soube, da primeira vez em que eu entrei naquele prédio, que não sairia de lá tão cedo.

A presidente d'A Pasquim era Minerva McGonagall. A Minerva McGonagall. A mais bem sucedida editora da Inglaterra. Ela havia sido a primeira mulher a publicar um texto científico em uma revista feminina, o que, na época, chocou toda a sociedade. Agora, a revista dela era uma das três mais vendidas revistas do país.

No dia da minha entrevista, eu estava extremamente nervosa. Eles não haviam me passado muitas informações então eu não sabia muito bem o que esperar. Mal sabia eu que eu conversaria com a própria dona da revista. No entanto, assim que entrei na sala e nos apresentamos uma para a outra, a conversa fluiu livremente e Minerva se tornou algo entre uma grande mentora e uma segunda mãe. Eu fui subindo para cargos cada vez mais importantes com sua ajuda até estacionar como vice-presidente junior – bem importante, eu sei.

Eu estava olhando para uma foto minha e de Minerva na mesa do meu escritório quando ouvi uma batida na porta. Eu estava esperando a entrega das novas fotos para a edição de abril da revista. Era Dorcas, minha secretária, parceira no crime e metade da laranja na empresa.

- As fotos chegaram? - sorri

Ela negou.

- Tem um homem aqui, te procurando. - ela disse

- Um homem? - sorri - Finalmente o meu dia chegou! Eu já posso ligar para minha mãe, precisamos arranjar dez cabras para o meu dote.

Ela deu uma risada.

- Você é boba, Lily Evans.

Ri.

- O que você disse que era o nome dele? - perguntei

- Eu não disse. - ela disse, sorrindo envergonhada

Bufei.

- Ele é bonito? - perguntei

Dorcas suspirou e olhou para fora da sala.

- Muito. - ela respondeu

Gargalhei.

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