3. Beijos, estranhos beijos.

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Não soube entender bem o porque mas seu corpo se arrepiou inteiro e uma outra parte do seu corpo começou a criar vida própria. Mas ele não ia pensar sobre isso agora, talvez todas aquelas sensações estranhas sejam fruto do álcool que corria pelo seu corpo.

Depois de romper o beijo porque já lhe faltava ar a garota olha ao seu redor.

_Acho que mudou a música. - Ela sorri tímida.

_Quer voltar? - ele perguntou de forma firme porém educada.

Ela voltou a olhar ao seu redor, encontrou sua amiga do outro lado da pista perto de uma das portas de incêndio.

_Vem. - Ela traz o homem que a beijava até um canto mais escuro. - Se ficassemos lá com certeza amanhã toda cidade saberia. Aqui mesmo que as pessoas passem elas não vão me ver.

A jovem escora na parede, morde os lábios e o olha com uma expressão sapeca. Pedro se sentiu um adolescente se escondendo para beijar uma garota.

Achou aquilo engraçado.

Com certeza a jovem tinha seus motivos, a cidade era pequena, sabia como eram as pessoas de cidade pequena porque cresceu em uma. Teve que esconder e fugir algumas muitas vezes para se encontrar com suas namoradinhas.

A jovem era pelo menos uns dez centímetros mais baixa que ele. E bem mais magra o que facilitaria esconde-la em seus braços. Pedro aproxima seu corpo da jovem e volta a beija-la mas dessa vez ele vai com mais cede ao pote.

Em um determinado momento a garota coloca suas mãos sobre o peito de dele.

_Calma! - Ela diz ofegante. - Parece que você vai me devorar! Devagar...

Pedro ri.

Tinha se esquecido que estava com uma adolescente. Talvez devesse ir com mais calma mesmo.

Ele não diz nada apenas volta a beijar moça, dessa vez mais contido. O problema é que logo as coisas voltam a esquentar, Pedro Henrique se esquece que deveria ir com calma e dessa vez ainda aperta seu corpo contra dela que  geme em resposta.

Pedro repete o movimento e outra vez a jovem coloca as mãos sobre seu peito e o afasta.

Ela está vermelha.

_Uau! Puxa, você tem que ir calma. - ela poderia larga-lo ali e se afastar, era o que realmente deveria fazer, só não era o que queria.

Ele dá um sorriso presunçoso.

_Vou tentar. - Ele responde.

Ele volta a beijar a jovem de forma mais lenta e mais sensual. Trás o corpo dela para junto do seu e desce uma trilha beijos pelo queijo, pescoço até cravicula da jovem, que agora parece se derreter em seus braços.

Henrique coloca a mão dentro da blusa dela logo acima do cós da calça jeans. Volta a beijar os lábios dela. A sua língua toca devagar a dele como numa dança sensual.

Se antes Pedro já sentia tesão, agora as coisas estavam caminhando para um nível bem mais difícil.

Ele tinha que parar logo com a brincadeira porque sabia que com essa garota ele não chegaria a lugar nenhum...

O problema era ele conseguir parar, porque por mais que soubesse que era o certo, não conseguia parar de beijar a garota. Ela beijava bem, tinha lábios macios e um perfume amadeirado muito bom, não era nenhum pouco como as mulheres que costumava ficar, porque se fosse eles já estariam na cama a muito tempo.

Nem por isso deixava de ser bom, a garota tinha um jeito doce e meigo, seus toques eram carinhosos. Uma das  pequenas mãos estava mergulhada em seu cabelo preto e a outra sobre seu quadril pouco acima do cós de sua calça.

De vagar e um pouco incerta. A jovem colocou a mão dentro da camisa dele, os dedos finos e frios subiam curiosos pelo seu Abdômen, até tocar seu peitoral, a jovem abre a mão e toca ali novamente.

Henrique rompe beijo apenas para olhar a expressão da jovem.

Com as mãos ao lado da cabeça dela ele a observa enquanto ela escorre sua mão lentamente como se quisesse gravar cada sentimetro daquela parte do seu corpo.

A jovem olha nos olhos dele que agora queimam em luxúria, morde os lábios em dúvida se pode ou não continuar. Pedro conhece a expressão da jovem, sendo o homem experiente que é entende não só a dúvida como o desejo dela.

_Vai. Pode continuar... - Ele incentiva.

A jovem sorri.

E desce mais sua mão, até tocar novamente o cós da calça. Henrique dá um pequeno gemido, imaginando muito além do que a situação lhe permite.

A jovem retira a mão e olha para seu rosto, curiosa, culpada, e parece um pouco satisfeita, como se o som que lhe rompeu os lábios fosse exatamente o que ela queria.

Pedro ri e balança a cabeça.

_Isso é covardia minha jovem.

_Desculpa! - Ela responde e volta a morder o lábio inferior

Pelo visto aquele gesto era uma mania.

Henrique balança a cabeça. Aquela jovem estava tirando ele do sério. E dessa brincadeira tinha certeza que não queria sair. Ele voltaria a beijar a beijar a jovem se Daniel não colocasse a mão sobre seu ombro, chamando sua atenção.

_Cara tenho que ajudar Alexia a procurar a amiga... Daniel não esconde a cara de surpresa ao ver com quem seu amigo estava aos beijos.

_Acho que não vai mais precisar Pedro Henrique responde.

_É... Não vou mais precisar.

Alexia passa para o outro lado de Daniel e vê a amiga escorada na parede na boate com os lábios vermelhos e inchados. Ela estava com o cabelo um pouco bagunçado.

Alexia sorriu ao ver a amiga e o homenzarrão com quem ela estava. Quase a parabenizou ali mesmo. Mas se lembrou que passavam das três e elas tinham que ir embora. Já que o limite máximo para as duas era até às quatro da manhã.

......

Não esqueçam de colorir a estrelinha. Beijos da Luci

Entre a cruz e a espada. (Degustação)Where stories live. Discover now