Cumprimentei algumas das funcionárias que eu costumava falar antes de me demitir, elas me abraçaram demonstrando uma grande felicidade por me ver novamente ali.

De repente senti um certo arrepio percorrer por todo o meu corpo e um perfume inigualável invadir minhas narinas. Sem ao menos olhar para trás já sabia que era Enzo.

— Ainda bem que não foi embora, Portman — Disse ele e eu me virei o observando.

— Eu já estava de saída pois achei que só começaria amanhã.

— Vou precisar que você comece hoje.

— Por mim, tudo bem — Falei já me preparando para um de seus pedidos, afinal, eu não tinha nada para fazer mesmo.

— Estou ocupado com os meus compromissos que acabaram atrasando hoje e quero que você busque Laura na escola para mim — Acrescentou ele e eu não consegui conter o sorriso em meus lábios — Provavelmente ela estará com fome, leve-a até a lanchonete e se tudo der certo encontrarei vocês lá.

— Tudo bem, senhor Callegari.

— Já liguei na escola avisando que quem irá buscá-la será você — Disse ele e eu confirmei com a cabeça.

Nos encaramos de uma forma intensa por alguns segundos, não sei o que acabará de ocorrer mas eu não conseguia me mover sem tirar meus olhos dos seus.

— Senhor Callegari? — A voz de Victoria ecoou em meus ouvidos fazendo com que nós nos desviássemos do transe. Agradeci mentalmente por isso.

— Diga?

— Tem um telefonema para o senhor, é de sua mãe — Respondeu ela e Enzo assentiu, me olhou mais uma vez e se retirou dali ao lado de Victoria.

Meu coração estava acelerado como todas as vezes que Enzo se aproximava de mim, eu sentia como se a qualquer momento eu pudesse ter um infarto e simplesmente cair dura no chão.

Eu ainda me pergunto como ele ainda causa esse efeito sob mim mesmo depois de tudo o que me fez passar, acredito que nunca irei saber a resposta disso.

Mesmo estando na mesma empresa, eu pretendo me manter longe, sem nenhum envolvimento pessoal pois mesmo depois de te-lo perdoado, ainda sinto que não estou preparada para me envolver novamente.

Chegando no colégio de Laura, sorrio ao vê-la se aproximar com suas muletas cor de rosa e com um sorriso iluminando seu rostinho desenhado de forma angelical.

— Tia Bella — Exclamou entusiasmada e eu a envolvi num abraço apertado.

— Olá zangada, tudo bem? — Perguntei a soltando e ela confirmou com a cabeça — Está com fome?

— Bastante — Alegou enquanto me acompanhava até um dos carros de seu pai onde o motorista esperava encostado.

— Que tal um lanche com fritas e milkshake? — Perguntei vendo um sorriso enorme se formar em seus pequenos lábios avermelhados.

— Com bastante ketchup — Completou animada e eu assenti colocando seu cinto de segurança enquanto o motorista dava partida até a lanchonete.

(...)

Laura se deliciava com seu lanche ao mesmo tempo que contava sobre seu dia e o quanto estava gostando de ter voltado para escola.

Escutei a porta se abrir e ao olhar vejo Enzo entrar abotoando seu paletó.

— Olha quem acabou de chegar — Disse e Laura olhou na direção em que eu havia apontado.

— Papai! — Acenou e ele sorriu se aproximando. Depositou um beijo no topo de sua cabeça e se sentou ao lado dela.

Laura não parava de falar em nenhum segundo, o que acabava me deixando feliz por não precisar encarar Enzo.

Não demorou muito e ela, por estar cansada, adormeceu enquanto nós dois terminávamos de nos alimentarmos.

— Fiquei feliz por você ter decidido voltar para empresa — Disse ele quebrando o silêncio que restava entre nós.

— Por mais irônico que seja, era o melhor para mim.

— Bom... Eu preciso lhe fazer uma pergunta — Ele me observou e eu fiz sinal para que o mesmo prosseguisse — E nós? Como ficaremos?

Por um momento, após ouvir aquela pergunta, eu senti meu corpo enfraquecer e minhas mãos soarem pois sinto sua falta. Mas sinto muito mais.... Amor por mim mesma.

— Nós? Não existe mais nós, talvez nunca tenha existido — Observei seus olhos encherem d'água e suspirei.

— É... É melhor assim. Eu acabei me tornando alguém tóxico para você — Sussurrou tentando disfarçar sua frustração.

— Nós somos tóxicos um para o outro — Completei com o coração apertado e ele umedeceu seus lábios sem dizer mais nada — Acho que é melhor irmos embora, está frio e Laura precisa descansar em sua cama.

— Tem razão — Disse ele se levantando e pagando a conta.

Enzo pegou Laura no colo e assim que nós saímos ele a colocou dentro do carro.

— Ainda precisa de algo? — Perguntei e ele se aproximou de mim com as mãos no bolso.

— Não, você está dispensada — Disse ele e eu sorri de canto — Te darei uma carona até sua casa.

— Não precisa, eu pego um táxi — Afirmei e depois de muita insistência ele concordou.

— Tenho que ir, nos vemos amanhã?

— Sem dúvidas, senhor Callegari.

Ele sorriu de uma forma sincera assim como todas as vezes que me ouvia chamá-lo assim. Depois de entrar em seu carro, me fitou mais uma vez e eu fiz o mesmo.

Espero que amanhã não seja tão difícil quanto foi agora nesses momentos à sós com Enzo, que sabe exatamente como tocar em meu coração.

Gente, eu to muito boba pq chegamos a 20K de visualizações, fico até emocionada pois nunca pensei que iria conseguir atrair tantos leitores assim, que estão sempre comentando e mostrando o quanto gostam do livro

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Gente, eu to muito boba pq chegamos a 20K de visualizações, fico até emocionada pois nunca pensei que iria conseguir atrair tantos leitores assim, que estão sempre comentando e mostrando o quanto gostam do livro. Muito obrigada mesmo, estou feliz demais com isso!

Não se esqueçam de favoritar e comentar suas opniões pois é bastante importante para mim ❤️

Quando conheci Ella - Duologia CallegariWhere stories live. Discover now