A Rosa de Sangue - Um conto de Amor e Sangue

Parte Quatro

Parte Quatro

A Rosa de Sangue

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Gabriel deixou o corpo caído e jogou a rosa cheia de sangue sobre ela. Estava satisfeito, uma pena que era não era resistente o bastante para se tornar uma companheira, tinha certeza de que se divertiriam muito juntos.

- Gosta de caçar, verme? – A voz fez Gabriel sobressaltar.

Seus olhos se estreitaram enquanto ele tentava lembrar de onde conhecia o rapaz alto em sua frente. – Nos conhecemos?

- Não me misturo com monstros. – Seu adversário afirmou. – Mas talvez minha fama tenha chego ao esgoto em que você se escondia.

- Ah, olhando-os bem. – Gabriel analisou os dois oponentes agora lado a lado. – Talvez sejam Pedro Gomes e o senhor Linard? Benjamin Linard? – Um riso escapou de seus lábios. – Devo dizer que estou honrado em conhecê-los? – Ironizou fazendo uma breve reverencia.

- Posso fazer as honras, Pedro, enquanto você cuida da vitima. – Benjamin sorriu mostrando os dentes brancos. – Será muito divertido cuidar desse ai.

- Faço o seu pior, Benjamin. – Pedro pediu antes de voltar sua atenção à moça caída sobre a grama.

- Acho que supervaloriza seus talentos, senhor Linard. – Gabriel alongou o pescoço de um lado para o outro. – Não sou fraco como os que está acostumado a enfrentar. – Seus lábios ainda estavam manchados de sangue. – Ainda mais após uma refeição tão saborosa. – Gabriel passou o indicador sobre os lábios. – Vê? – Colocou-o na boca e sorriu. – Hm, delicioso. Conte-me, senhor Linard, como é viver apenas com sangue animal? Deve ser pavoroso!

Benjamin ajeitou o casaco e brincou um pouco com sua adaga. – Quer mesmo saber?

- É claro! – Gabriel sorriu. – Estou realmente curioso.

- Penso que seja melhor mostrar o quanto o sangue animal pode fazer bem a um vampiro. – O sorriso cruel de Benjamin era capaz de estremecer até mesmo o mais perigoso assassino.

Com um movimento rápido a primeira adaga acertou o joelho de Gabriel fazendo-o cair e a segunda na mão que ele usava para se apoiar. Benjamin se aproximou brincando mais uma vez com a adaga preferida.

- Subestimei você. – Gabriel dizer enquanto tentava tirar a adaga que o aprisionava ao chão. – Você é realmente bom, para um vegetariano. 

- Essa é uma das coisas que vocês mais fazem. – Benjamin disse antes de enfiar a estaca no peito de Gabriel.

- Está acabado? – Pedro perguntou ao se aproximar com Silmara nos braços.

- Está acabado.

A última coisa que Silmara conseguiu gravar foi à voz decidida de Benjamin.