O início de tudo

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Abro meus olhos e olho ao meu redor. Como morar em uma casa tão grande e se sentir sufocando, sem espaço. As vezes juro que as paredes tentam me engolir. Sabe o que é sentir isso ?, sim eu sei que sabe.

Me sento na enorme cama e olho ao meu redor, um quarto grande e vazio de vida. Me levanto, fazendo meus pálidos pés se chocarem contra a madeira fria, caminho até minha penteadeira, logo constatando que minhas malditas olheiras aumentaram. Logo olho pro quadro de recados que está preso na parede ao lado da penteadeira de cor lilás. E pelo incrível que pareça, hoje tem um bilhete.

"Querida Agatha, arrume te para ir a escola. Esteja devidamente vestida, pois hoje é o encontro das Damas da Elite.

PS: Não me envergonhe

Ass: Mamã "

Leio atentamente o bendito bilhete, e leio de novo, e leio novamente tentando entender o que ela quis dizer com "Não me envergonhe !". Sou motivo de vergonha ?, sim, eu sei que sou.

Vou até o banheiro, tomo um longo banho morno com bastante espuma. Me olho no espelho do teto as vezes, mas tento me ignorar ao maximo (como se fosse possível). Saio da banheira me enrolando em um robe de banho, logo lavo os dentes e visto minha lingerie. Visto o uniforme que tanto odeio. Acredite se quiser, mas minha " amada" mãe comprou um par de Louboutin (os da sola vermelha) só pra eu ir a escola.

Essa atrizes ricas . . .

Já devidamente vestida, penteio meus longos e ondulados cabelos loiros. Passo um batom vermelho cereja, perfume e desodorante (essencial). Saio do meu quarto descendo o lance de escadas, que me leva até o salão principal, logo fujo de lá indo em direção a sala de refeições e me deparando com meia duzia de mulheres rançosas que se alto denominam "damas" da alta sociedade. E como sempre a Sr. Annelise Watson Jones esta no meio.

-Bom dia mamã !-. Digo ao entrar na sala com um doce sorriso forçado.

-Bom dia meu anjo, sente-se conosco !-. Disse ela me olhando.

E nesse momento em minha perversa imaginação, quebrei o bule fervente na cabeça da minha progenitora. Mas confesso que se ela continuar deste jeito, eu vou colocar isso em pratica.

-Claro mamã !-. Digo ao me sentar na cadeira mais próxima a ela que encontrei, o que infelismente não era tão próximo assim, pois a rançosa Sra. Hernández estava entre nossa suposta proximidade.

-Como vai menina ?!-. Perguntou ela, logo chamando a atenção do restante das mulheres

Outra que eu vou acertar com o bule.

-Bem e a senhora !-. Pergunto educadamente, com um sorriso sem graça.

-Eu estou muito bem sabe, e você esta ficando linda sabia ?, a cada dia mais parecida com Anne. Minha filha iria gostar de conhece-la sabe Srta. Grace Jones . . . !-. E foi assim que Helena Hernández começou seu falatório.

Não eu não ouvi metade do que ela disse, estava ocupada de mais com meu sorriso falso. Quando ela perguntava algo eu apenas respondia "Uhum !", "É mesmo ?!", " Que interessante ?!", "E como se sentiu ?!". São perguntas clássicas que minha antiga tutora me ensinou quando eu era apenas uma pupila mal direcionada.

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⏰ Last updated: Jul 30, 2018 ⏰

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Indestructible: The Story Of a Glass Girl Where stories live. Discover now