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Capítulo 7

Acordamos cedo e depois de um banho fomos tomar nosso café da manhã, Giuseppe já estava na mesa e assim que nos sentamos pude perceber seu olhar sobre mim.

- Bom dia. – Falo. – Obrigada pela hospedagem.

- Bom dia, espero que tenham descansado e não precisa agradecer. Tomem o café com calma e depois vamos dar uma volta pela fazenda. – Concordamos com a cabeça e nos dedicamos a nos fartar com o delicioso banquete que nos foi oferecido.

Seguimos por um caminho de pedras em direção ao que parecia ser o estábulo e junto a uma enorme árvore estava um banquinho de tronco de árvore e algumas mesinhas de madeira, o local é muito bonito e deveria ser mais ainda no verão. Entramos num prédio e várias baias separavam os cavalos uns dos outros, Giuseppe para diante de um lindo cavalo branco e acaricia sua crina e o animal responde com um leve relinchar, me sento em um banco ao lado de Aleksander e observamos a interação dele com o animal. Ele parece perdido em pensamento quando se vira para nós e caminha em passos lentos se sentando em uma cadeira de frente para nós.

- Vou te falar tudo o quer saber, mas preciso que me escute atentamente e se não entender qualquer coisa me pergunte. – Assinto com a cabeça e espero que comece.

- Fui um garoto muito pobre e ganhava a vida fazendo mágica nas ruas de Milão, meus país não tinham condições de sustentar quatro crianças e com isso, eu e meus irmãos fazíamos truques de mágica para ajudar nas despesas. Meus avós eram de circo e nasci no circo vendo e aprendendo com os profissionais circenses e gostava do mágico. Para mim era fantástico criar truques e encantar as pessoas que deixavam trocados em uma lata velha no chão. Percebi que elas ficavam tão entregues ao show que não se davam conta que poderiam ser roubadas e foi ai que comecei a roubar joias e carteiras.