Capítulo 2

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Obrigada a todos os comentários no capítulo anterior! Adoro saber que por mais que as vezes eu demore para escrever uma história nova, quando eu posto uma vocês estão aqui para apoiar. E com isso, vamos para o capítulo porque agora as coisas começam a acontecer!

Jennie

   Existe também aquela sua fase dos 18 anos até os 25 na qual há dois caminhos. Ou você faz alguma merda, e acaba indo parar na delegacia, ou você é aquela pessoa que tenta não fazer nada de errado e ter sua ficha limpa até o fim da vida.

Adivinha em qual dessas opções eu estou. E eu juro não saber o que é pior, ser pega pela a polícia humana, ou pelos guardas Novas Espécies. Acho que eu descobriria daqui a pouco.

   Eu estava sendo arrastada pelo caminho até a guarita que os carros estavam antes, por alguma mágica, os seguranças que lá estavam pareciam me esperar. Todos eles estavam armados e com os rostos cobertos, assim como o captor atrás de mim.

-Por favor, isso foi um mau entendido, eu não sou manifestante nem nada! Eu moro aqui perto! -eu tentava explicar para o homem que me segurava, mas ele nem ao menos desviava o olhar para mim.

-Olha que sorte, ela foi achada exatamente no momento em que o nosso chefe de segurança chegou. -diz um dos mascarados com humor na voz. Um outro homem, dessa vez estava sem nada cobrindo o rosto, se aproximou de mim e me encarou. E eu juro que eu estava prestes a cair de joelhos e confessar tudo de errado que fiz na vida.

   Ele era assustador. Era gigante, os braços pareciam uns troncos de árvores, o cabelo preto longo acompanhado pelos olhos pretos. Ele carregava um crachá no peito onde se lia seu nome. Darkness. Eu realmente estava ferrada.

-Gipsy, leve a fêmea para a sala de interrogatório, comece você primeiro e depois eu estarei lá. -Darkness responde olhando para o homem que ainda me segurava. Ele não disse nada, só me empurrou e me fez pela primeira vez ver como Homeland era por dentro. Uma pena ser por essas circunstâncias.

   Paramos ao lado de um carrinho de golfe, e Gipsy me empurrou para dentro sem nem um pingo de delicadeza. Ele entra pelo outro lado e liga o carro, tudo em completo silêncio e sem nem ao menos olhar em minha direção.

-Eu juro que não fiz nada... -começo a tentar me explicar novamente, mas o rosnado que ele solta é alto o suficiente para me fazer encolher e fechar os olhos de medo. Terminamos todo o percurso da guarita até um prédio principal em completo silêncio.

Gipsy sai do carro e me segura pelos ombros me empurrando para dentro do local. Olho em volta com certa curiosidade, meu coração ao mesmo tempo que batia de medo, também batia de emoção. Pela primeira vez eu estava vendo tantos Novas Espécies juntos em um mesmo local, tinham vários andando pelas ruas conversando e rindo, e dentro do prédio parecia ter mais ainda. Assim que eu e Gipsy passávamos uns olhavam curiosos para mim, outros com certo repúdio, já esperando que eu fosse alguma anti-NE. 

   Entramos em um elevador pequeno e nesse momento pude sentir a presença forte que era o Espécie que estava junto comigo. Ergo a cabeça para olhá-lo, ele encarava sem piscar a porta de ferro, o cabelos dele eram castanhos claros e caiam até seu peito, a barba que começava a ficar grande também chamava atenção. Deus, o cara conseguia ser bonito mesmo sem esboçar nenhuma emoção. Acho que eu já estava encarando por um tempinho, pois quando a porta do elevador abriu ele me olhou e senti meu coração apertar por ter um homem tão lindo assim me olhando.

-Não me mate, por favor. -foi a única coisa que consegui dizer e parece que isso conseguiu arrancar algo dele, já que ele abriu um pequeno sorriso.

-Não sujamos nossas mãos com sangue humano. 

E eu juro que não sei se ouvir isso foi algo bom ou ruim.

   Andamos até o final de um corredor, ao lado de uma porta havia mais dois seguranças Espécies que abriram espaço quando nos aproximamos.

-Só me chamem quando Darkness chegar, farei o início do interrogatório. -Gipsy diz e os outros só acenam. -Entre e sente-se naquela cadeira. -ele diz e sigo para onde ele indicou, uma cadeira no fim de uma mesa branca. -É necessário que eu te algeme ou irá colaborar.

-Não é necessário. -respondo e ele balança a cabeça em entendimento. Gipsy olha ao redor e suspira tirando seu casaco preto mostrando a camisa branca que usava por baixo. Mordo o lábio olhando para seus braços, e tento seriamente não piorar minha situação. Ele puxa uma outra cadeira e para ao meu lado apoiando os cotovelos em seus joelhos e me encarando.

-Qual seu nome?

-Jennie Pinnock. -respondo sem desviar meu olhar do dele.

-O que estava fazendo tão perto da guarita? -ele pergunta aproximando mais o rosto do meu e sinto minha respiração se alterar.

-Eu moro aqui perto, há uma casa que fica no início daquela trilha. Pode perguntar para Justice North, uma senhora morava lá e não queria ceder o terreno para a construção de Homeland, ela e Justice fizeram um acordo e ela pode manter a casa, só que agora ela vive em um asilo em uma cidade próxima e alugou a casa para mim. 

   Ele se levanta e anda até ficar atrás de mim e põe as mãos em meus ombros, sua pele quente passa por minha pele nua por conta do top e meu corpo se arrepia com seu toque. Eu queria olhar para ele, eu odiava não poder fazer contato visual quando eu estava em situações que me estressassem, talvez essa fosse a ideia dele, me estressar para me pegar em alguma mentira.

-E como saberei se está falando a verdade? -ele fala bem perto do meu ouvido e viro meu rosto rapidamente, e por meros segundos nossas bocas quase se encostam, mas ele consegue se distanciar a tempo, mas ainda assim estava muito perto para que eu conseguisse raciocinar direito.

-Pode ir na casa, terá minhas coisas lá, a conta de luz está em meu nome, ou se quiserem mais é só irem no asilo e perguntarem para a senhora.

   Gipsy volta a se mover e se ajoelha na minha frente, segura meu rosto grosseiramente me fazendo olhá-lo. Abro um pouco a boca para que eu pudesse controlar minha respiração, mas o filho da puta abriu um sorrisinho que a única coisa que eu queria fazer ou era dar um tapa nele eu agarrá-lo. Sua boca estava bem próxima da minha, meu corpo tremia a espera de algo.

-Você ficará sob custódia até que Darkness venha ou até que Justice resolva o que fazer com você. -ele me solta e se levanta me deixando completamente atônita, meu coração parecia que sairia pela boca. É assim que são os interrogatórios aqui em Homeland? Isso realmente mexe com o psicológico de uma mulher!

-Espere! Você vai me deixar aqui até tomarem uma decisão?! -exclamo me levantando e indo para cima dele em procura de respostas. Ele se vira e me encara com os olhos repreendedores.

-Por acaso você está se alterando? -ele pergunta com a voz baixa e fria.

-N-não... -respondo me afastando dele, mas já era tarde demais, ele apanhou as algemas que estavam sobre a mesa e em um passo rápido ele me virou e me jogou sobre a mesa, puxando meus braços para trás os algemando. Eu estava totalmente indefesa, meu corpo prensado na mesa, minhas pernas pendendo logo atrás, Gipsy havia pressionado seu peito em minhas costas, seus lábios a milímetros de minha orelha.

-Agora você ficará em custódia e algemado. Dá próxima vez aprenda a se comportar. -ele diz soltando um rosnado logo em seguida.

   Eu juro que se eu morresse naquele momento, eu consideraria como uma boa morte.








E então? O que acharam do capítulo? Jennie já está sentindo aquele calorzinho que os NE's provocam hahahhaa. Não esqueçam de comentar!

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