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Ana Letícia 💬

Tinha acabado de chegar da escola.
E daqui a pouco a Bi ia chegar. Eu sair cedo porque não havia o último tempo.

Comecei a preparar nosso almoço. Olhei no relógio de pulso e já havia passado meia hora e nada de Bianca.

Julia: Amiga.- tava desesperada e ofegante.

Ela tinha corrido com certeza.

Letícia: Aconteceu alguma coisa?

Julia: A menor ta la na boca, Tão acusando ela de alguma coisa.

Meu coração se apertou. Desliguei o fogo e corri até a boca. Sei que só entra com permissão. Mas agora eu to pouco me fudendo pra esse caralho.

Um vapor tinha me barrado na entrada.

Vapor: Vai entra não dona. Chefe ta resolvendo um bagulho.

Letícia: Foda-se você e seu chefe. É minha irmã que ta ai.- falei entrando.

Minha irmã tava no chão. Chorando, e Tifany tava ao lado do Cobra, Neguinho tava junto e Mk também. Que belos amigos eles.

Cobra: Falei que não era pra ninguém entrar.- foi rude.

Letícia: To nem ai se era ou não, é minha irmã.- Ela de imediato olhou pra mim e me abraçou.

Bianca: Eu não fiz nada Letícia. Eu não preciso disso.- Olhei seu rosto e tinha uma marca de mão.

Esse filho da puta tinha batido nela.

Letícia: Do que estão acusando ela Anderson?

Tifany: Ela roubou as drogas, e 400 reais que o cobra deixou comigo, Eu pedi pra Suelen guardar, Mais como ela tava indo pra escola nessa hora, ela apenas enfiou na mochila, e na escola, Suelen disse que viu sua irmãzinha saindo da sala dela. Tá na cara que foi ela, Ela odeia minha amiga.

Letícia: Não perguntei pra você neném.— falei com deboche e raiva.

Bianca: Mana eu não fiz nada, eu não roubei caralho nenhum, nem dessas coisas eu gosto. — chora.

Letícia: Eu sei meu amor, eu acredito em você.

Cobra: Vaza Tifany, seu papel aqui já acabou.- falou grosso.

Tifany: Mas amor...

Cobra: VAZA CARALHO É SURDA AGORA? — Ela negou e saiu.

Letícia: Se você não tem prova que foi ela, também vamos embora. —desafiei.

Cobra: Olha aqui sua filha da puta.- puxou meu cabelo com força.- Se falar assim comigo de novo, eu vou te quebrar na porrada.

Letícia: E se tocar na minha irmã de novo.. — Ele puxa mais forte meu cabelo.

Cobra: Como é?- Me soltou e foi até Bianca e segurou no seu braço.- Se eu tocar nela?

Olhei suplicando pro Neguinho fazer alguma coisa.

Neguinho: Chefe não tem prova, Libera elas.

Cobra: Eu odeio pessoas que roubam, ainda mais no meu morro, minhas coisas.- socou a mesa.

Mk: Pô chefe, a de menor não tem culpa.

Puxei minha irmã e chorei junto dela.

Cobra: Vai trabalhar pra mim agora, E vai fazer tudo que eu quiser.- Disse segurando forte o cabelo da minha irmã.

Eu me desesperei na hora.

Cobra: Caio?- chamou o mesmo vapor que me parou e ele veio com outro.- leva pro meu barraco.

Bianca: NÃO..NÃO.- Se debateu.- POR FAVOR EU NÃO FIZ NADA.

Chorei tentando soltar minha irmã. Ele ia machucar ela. Eu sei que ia. E eu prometi cuidar dela.

Letícia: Não por favor, me leva no lugar dela.- chorei implorando.- Deixa ela ir.

Bianca: Você não Letícia, ele vai te machucar. Não quero ficar sozinha.

Letícia: Julia vai cuidar de você ok.- beijei sua testa.- Minha vida por você lembra?

Ela assentiu.

Cobra: Chega de chororó..- falou me puxando.- Caio leva ela agora. E sem gracinha se não o pau come.

Me despedi da minha irmã. E segui o tal de caio. Olhei pra trás e vi Neguinho consolando minha caçula.

Na Rocinha (Rescrevendo)Where stories live. Discover now