Tem certeza que você não é filho de Apolo?

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 Lembro de ter acordado várias vezes, com uma ardência infernal no corpo.

Acordei no que me pareceu ser uma enfermaria, mas estava vazia. Tentei me mexer, apesar de ter acabado de acordar, me sentia cansada, meu corpo doía. Resolvi sentar e o mundo girou. Perdi o controle do meu corpo, que se inclinou perigosamente para a direita, me fazendo perder o equilíbrio.

-Opa, opa.- gritou alguém, vindo me segurar.- Vamos com calma, mocinha.

Por pouco eu não cai no chão. Confortavelmente encostada, olhei pro meu salvador. Era uma garota aparentemente da minha idade, loira, com a pele bronzeada e um sorriso enorme.

-Sou Bella, ou melhor, Isabella.

-Oi.- respondi.

Ainda estava zonza, então demorei pra raciocinar o que estava acontecendo. Isabella me olhava com expectativa.

-Ah! Você quer saber meu nome.- exclamei, seu sorriso aumentou.- Hã... meu nome é Alex.

-Graças aos Deuses você se lembra! Ficamos preocupados com o que o veneno poderia fazer com você. Klaus não soube explicar muita coisa...

-Espera, você disse deuses?- perguntei.

-Ah, certo, esqueci que você é nova nisso. Já que você está melhor, vamos até o Quíron, ele vai te explicar tudo.- falou.

-Não tenho certeza se é uma boa ideia sair da cama.- comentei.

-Bobagem, você nem está mais verde.- falou com um gesto de desdém.

-Verde? Como verde?- perguntei, minha voz saindo esganiçada. Ela mordeu o lábio.

-Bom, levando em conta o fato de você ter sido picada por uma cobra milenar e o veneno quase ter te matado, logo que você desmaiou no pavilhão de refeições, seu corpo foi ficando meio verde, mas esse foi o menor dos problemas.- respondeu.

-Como assim, eu quase ter morrido?- gritei.

-Já vi que ela acordou.

O cara loiro que era o motivo de eu estar nessa droga de situação estava parado na porta.

-Você teve sorte, o Klaus geralmente não é tão atencioso.- comentou Isabella.

-Não se acostumem, não vou manchar minha reputação de príncipe das trevas novamente.- retrucou, vindo até nós. Ergui as sobrancelhas.

-Vocês em algum momento vão fazer sentido?- perguntei.

-Sua aura não está mais ao estilo de quase morte, então, hora do tour.- chamou.

-Você devia leva-la até o Quíron.- aconselhou Isa, Klaus sorriu.

-Com certeza.- respondeu.

-Klaus...

-Hora de ir!- exclamou, me puxando com ele pra fora da cama.

No caminho pra fora da enfermaria, eu quase vomitei algumas vezes, ainda estava zonza, mas Klaus me ajudou a ficar de pé.

-Então, você já conheceu a enfermaria.- começou ele.

-Onde estamos, Klaus?

-Certo, você já sabe meu nome. O que é engraçado, porque já faz dois dias que nos conhecemos.

-Dois dias?- gritei.

-É bem, chegamos no domingo de manhã...

-Eram 15h quando saímos da Paulista.- protestei.

Pallas e os GregosWhere stories live. Discover now