PRÓLOGO

6.5K 869 289
                                    


Oops! Bu görüntü içerik kurallarımıza uymuyor. Yayımlamaya devam etmek için görüntüyü kaldırmayı ya da başka bir görüntü yüklemeyi deneyin.



São Paulo, começo de maio de 2017, depois da fama

— Porra, Lia! — Levi esganiçou, movendo-se rápido para frente e para trás. A cama rangia e acompanhava o ritmo frenético dos dois corpos. Os lençóis jaziam bagunçados, suas peles estavam suadas, a respiração falhava.

A moça fincou suas unhas nas costas dele; deslizou-as com facilidade pela pele branca e suada. Inclinou-se levemente para cima, alcançando de novo seus lábios e o tomando em um beijo sôfrego. Contornou suas belas pernas negras nos quadris masculinos, permitindo um novo ângulo prazeroso ao sexo.

Levi urrou, fechando com mais força os dedos sobre a cintura de Lia, arremetendo-se para dentro dela com mais intensidade. A cabeça foi para trás, os olhos fecharam-se enquanto sentia o ápice pronto a atingi-lo.

— Caralho, mulher! Vou gozar. Porra de mulher gostosa. Porra de buceta gulosa!

A essas palavras, ela o segurou pela nunca e o trouxe para si de novo, mas em vez de colar seus lábios, levou os dela até o lóbulo de sua orelha, mordiscou e lambeu. Em seguida, gemendo baixinho, proferiu todo tipo de obscenidade.

Em um segundo, Levi a virou de costas, deitando-a e se pondo por cima, empurrando seu pau para dentro dela com toda virilidade e rapidez, a cama rangendo a ponto de sair do lugar, Lia gemendo alto e gritando que estava gozando, e ele se desfazendo de prazer, tirando o atraso de meses sem sexo.

Ficaram um por cima do outro por mais alguns segundos, ambos recuperando o ar. Quando os batimentos voltaram ao normal, Levi girou e caiu na cama de barriga para cima, olhando para o teto. Descartou a camisinha e então buscou por ela.

Lia se levantava, prendendo os cabelos, e buscando pelas roupas depois de se limpar com lenços umedecidos que levava na bolsa.

Encrespou o semblante, meio perdido com sua atitude.

— O que está fazendo? — ele perguntou, observando-a. Ainda arfava levemente.

A moça o olhou. O quarto de motel estava meio escuro por conta das luzes fracas e do avançar das horas. Deveria estar beirando oito da noite. Pegou o sutiã e o vestiu com agilidade.

— Me vestindo, não parece óbvio? — devolveu, sorrisinho. Foi mais irônica do que rude. Pôs a camisa branca. — Preciso ir, Levi. Obrigada pelo sexo maravilhoso, mas amanhã já é domingo e preciso preparar algumas aulas para segunda-feira.

Ele não disse nada. Afinal, tinham se conhecido naquele mesmo sábado, poucas horas atrás. A transa tinha sido completamente casual. Mas Levi se sentia meio estranho com esse tipo de atitude que a garota estava tendo. Porém, não disse nada, apenas acenou em positivo e continuou a observando se vestir.

— Viu meu livro? — ela perguntou, procurando por debaixo da cama.

— Ali. — E apontou para a poltrona do quarto. As roupas dele — camisa, blazer e jeans — escondiam o objeto.

Lia sorriu, pegou seu exemplar de Ensina-me a Paixão e o colocou dentro de sua bolsa. Aproximou-se de Levi, ainda deitado e nu, inclinou-se e lhe beijou singelamente os lábios.

— Obrigada de novo, Levi. Talvez a gente se encontre uma hora.

— Não vai me dar nem um número de telefone? Não quer que eu te deixe em casa? — questionou, enquanto ela se afastava até a porta. Lia se virou, segurando a bolsa nos ombros. Abriu um sorriso contido.

— O que tiver de ser, será. Até quem sabe um dia. E não se preocupe. Chamo um Uber. — Mandou um beijo pelo ar e se foi porta afora.

Com um suspiro, uma risada e um aceno de cabeça, Levi se levantou, tomou uma ducha rápida no banheiro e se vestiu. Deixou o motel cerca de dez minutos depois de Lia — eles já tinham rachado a estadia na chegada — e teve um desejo esquisito de ainda vê-la nas redondezas, esperando pelo Uber. Quem sabe conseguiria convencê-la a deixá-lo levá-la para casa? Mas não a viu nos arredores do motel nem durante o percurso de volta, à margem das ruas e avenidas.

Antes de retornar ao seu apartamento, Levi estacionou o carro próximo a uma das mais movimentadas livrarias da cidade. Caminhou até lá e ficou parado, pelo lado de fora, observando os inúmeros exemplares de Ensina-me a Paixão, de Theo Venturini, expostos em toda livraria. Viu bem uma meia dúzia de pessoas deixarem o estabelecimento com um desses livros em mãos, passando ao seu lado sem nem imaginarem de que ele era Theo Venturini.

Olhou para além da vitrine, para um ponto lá dentro onde havia um espaço com mesas. As pessoas podiam ir ali, tomar um café ou um chá e ler um livro. Sorriu ao se lembrar de Lia, de como a conheceu.

Suspirou, porque provavelmente não a veria mais e, de verdade, tinha gostado dela. Do seu jeito, sua conversa, seu humor. Seu corpo, o sexo, a boca. Balançou a cabeça, esvoaçou os pensamentos. Adentrou a livraria. Ainda teria um tempinho antes de fechar. Sentou-se na mesma mesa onde estava anteriormente — antes de Lia surgir —, pediu um café, comprou um dos livros nas prateleiras — escolheu um romance policial, só para variar um pouco —, e fez sua leitura degustando do café com chantilly.

Um dos funcionários já vinha em sua direção para avisá-lo sobre o fim do expediente, mas não foi preciso terminar seu percurso. Levi pagou pelo café, pegou seu livro e voltou para o carro. Dirigiu até o condomínio onde morava, estacionou na garagem e subiu até o décimo andar. Colocou a chave na fechadura e a girou devagar. Entrou, sem fazer barulho e sem acender a luz.

Menos de um minuto depois, porém, uma silhueta alta e esguia, vestindo uma camisola de cetim, surgiu na sala. Ana Paula ligou a luz, revelando um Levi trancando a porta.

— Demorou hoje — disse, sentando-se no sofá.

— Estava com Julian e com o Mateus, bebendo umas cervejas — respondeu, quase indiferente, tirando o paletó e jogando as chaves do carro e do apartamento sobre a mesinha de centro.

Ana Paula levantou-se e se aproximou. Segurou na gola de sua camisa azul-claro e indagou:

— Um deles usa batom e andou te beijando?

Os olhos dela estavam cheios de fúria e ciúme. Levi olhou para baixo e viu uma marca de batom no colarinho da camisa social.

— Caso não saiba, Levi Alencastro, eu ainda sou sua esposa! 

[DEGUSTAÇÃO] Codinome Venturini: Por Trás da FamaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin