PRÓLOGO

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Diário de Nina

 2012


Fim.

Essa é, se não a mais, uma das palavras mais difíceis de escrever.

Eu não imaginei, quando comecei há mais de seis meses, que fosse conseguir terminar de escrever meu primeiro livro. Primeiro porque eu não tinha o foco necessário para me manter em uma só história por mais de duas semanas, e pulava de galho em galho, de livro em livro, sem nem olhar para trás. Achava que aquela era a fase mais criativa que eu já tinha experimentado, toda aquela explosão de ideias vindo sem parar. Mas na verdade era o contrário. Era o mínimo de criatividade que eu já tinha experimentado, porque nunca me mantinha em uma só linha. E por isso é inacreditável que eu tenha conseguido colocar o ponto final sem me arrepender do que escrevi entre a primeira palavra e ele.

Meu Deus!

Os personagens finalmente ganharam vida, ganharam uma história completa. É como se eu pudesse imaginá-los ao meu redor apenas num fechar de olhos. Eles estão aqui, contando aquela piada sem graça às duas da manhã de um sábado. Estão chorando pelo amor perdido ali, enquanto consolados pelo amigo. Estão vivendo seus sonhos e quebrando seus corações, se apaixonando e se desiludindo, amando e detestando as linhas que escrevi para eles, mas seguindo piamente.

É como se realmente todos estivessem por aí, agora que já saíram da prisão da minha mente.

Pensar sobre isso é empolgante e aterrorizante ao mesmo tempo.

E eu não consigo esperar para sentir essa adrenalina outra vez. 

Um Clichê Para Chamar de MeuOnde as histórias ganham vida. Descobre agora