Capítulo - 1

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— Luna, venha aqui, por favor! — Meu pai me chama.

— Sim, papai — Lhe respondo.

Caminho até ele que está todo sujo de graxa e não vou mentir também estou e esse macacão nada me favorece, mas tenho um imenso amor por ele.

— Preciso que vá pagar algumas contas para mim o mais rápido que puder. — Ele diz um pouco ríspido.

— Ok. — O respondo no automático e dou-lhe um beijo na bochecha.

Ir até lá e tirar o macacão é ter a sensação de missão cumprida e fim de expediente, mas ainda tenho que trabalhar então quando tiro o macacão não sinto nada disso. A única coisa que sinto é que esse banheiro precisa ser lavado urgentemente.

Me limpo e visto minha jaqueta preta, pego o capacete e me preparo para ir cumprir a tarefa dada por meu pai. Mas estou me esquecendo de algo... As contas!

Assim que percebo, volto até onde ele está.

— Pai, sem as contas não consigo pagar nada. — Digo a ele de uma forma descontraída.

Ele em um susto vai direto a mesa.

— São muitas. — Ele me informa enquanto pega as contas em cima da mesa — E elas vencem hoje. — Prosseguiu após dar uma pausa, pois está bastante cansado e é nítido por sua expressão. — Sua mãe esqueceu-se de pagá-las por estar ocupada preparando o casamento de Luce. — Concluiu após me entregá-las.

— O casamento... — Murmuro. Ah o casamento! Estou tão feliz por ela, mas ao mesmo tempo tão arrasada.

— Não faça essa cara. Você sabe que sempre estarão juntas e que existem coisas na vida que simplesmente não dão certo.

— Não é isso... Bom, boa parte é. Não se preocupe ok? Vou ficar bem. Aliás, hoje não é dia de pagar a primeira parcela do buffet? — Tento sair do assunto que tanto me perturba.

— É sim. Já estava me esquecendo. — Papai abre o caixa, retira algumas cédulas e me entrega. — Passe no salão de festa e deixe o dinheiro com sua tia. Ela está ajudando sua mãe com os preparativos.

— Ok pai, beijos! — Dou-lhe outro beijo na bochecha e vou em direção a moto.

— Cuidado com a estrada! — O ouço gritar e retribuo com um aceno enquanto subo na moto.

Cabelos ao vento e a sensação de estar livre. Esses sentimentos nunca vão passar! Sempre que subir em uma moto vou me sentir assim.

 Esses sentimentos nunca vão passar! Sempre que subir em uma moto vou me sentir assim

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Depois de pagar as contas, fui ao encontro da tia Ruth no salão de festas. Ela sempre esta por perto quando mais precisamos, além de nos entender como ninguém. Em resumo, é a melhor tia que se pode ter. É uma pena que ela nunca teve filhos e talvez seja por isso que ela trata Luce e eu como se fossemos suas filhas.

Ela por TrêsWhere stories live. Discover now