As criaturas somos nós

A perseguição 6

Cenário com Jeny em 1940.

Jeny: Até gosto disto... Fui adotada por uma mulher bastante humilde, mas não sou desta época. A mulher é caçadora e já sabe de tudo. Bem, estou em Frankfurt na Alemanha e não sou judia nem homossexual, assim já não tenho problemas.

Polly: Vamos. Tens de mudar essa roupa futurista se não, pensam que tu és uma agricultora qualquer. Não estás vestida com classe.

Jeny: Vamos ter de ir à costureira?

Polly: E depois vamos ter de arranjar o que precisamos para matar Lúcifer. À tanto tempo que espero por isto...

Polly e Jeny dirigem-se à costureira.

Costureira: Então, és algum tipo de refém dos nazis?

Polly : Ela veio do futuro...

Costureira: Novamente a praga com o deus do tempo... Estou a ver, veste isto e vê se passas despercebida.

Jeny: Estou agradecida.

Jeny e Polly dirigem-se para casa.

Polly: Vamos precisar de um olho de lobisomem. Eu tenho um de caçar, então não nos preocupemos com isso.

Jeny: Tem de ser liquidificado.

Polly: Sim. Precisamos de visco preto dos leviatãs...

Jeny: Como vamos arranjar isso?

Polly: Leviatãs não faltam aí... Inclusive, eles conhecem-me de os caçar, então eles tentam sempre comer-me com as suas bocarras, e mal isso aconteça, tenho de lhe cortar a cabeça e separa-la do resto do corpo. O visco apanha-se daí.

Jeny: Vamos procurar algum?

Polly: Sim, eles adoram comida com xarope de milho...

Jeny: Pessoas também....

Polly: Se um leviatã te agarrar pelo pulso, grita por mim, pois eles tomam a tua forma e depois comem-te...

Jeny: O criador dos leviatãs... Já foi morto?

Polly: Sim, mas como criou muitos, eles reproduzem-se infinitivamente.

Jeny: Vamos, então ao campo Alinator?

Polly: Tem cuidado... Eles são loucos por quem lá anda.

Ambas se dirigem ao campo Alinator, um campo de milho principalmente trabalhado por leviatãs.

Polly: Mete-te entre as espigas e tenta cortá-los.

Um outro rapaz que lá estava a tentar roubar o milho, foi apoderado pelos leviatãs. Estes puseram-no num banco e amarraram uma corda ao seu pescoço e ao galho de uma árvore. Depois arrastaram o banco e o rapaz fez um movimento brusco e ficou roxo. Foi enforcado. Espichava sangue do pescoço e olhos caíram. O nervo óptico era brutalmente grande. Não era um humano. Se fosse um humano teriam-no comido. Os leviatãs desenharam na árvore, com o sangue do rapaz, o olho que tudo vê, simbolo dos illuminatis.

Jeny: Temos de sair daqui.

Polly: Cala-te e observa. Estão todos em nome dos iluminados que se preparam para acabar com o cristianismo, apesar de já estar terminado.

O rapaz foi perdendo todos os membros, um a um, deixando a parte de ligamento dos ossos na árvore. O seu esqueleto juntou-se, a sua pele tranformou-se em penas e um bico cresceu. Era um fénix. As fénix têm sempre cura para tudo. Então, sendo elas ameaças para os leviatãs, atravessou-os deixando uma maré de visco preto no milho. O campo transformousse numa autêntica maré de petóleo onde as cabaças dos leviatãs flutuavam, desfiguradas e com os lábios cozidos como se fosse um sinal de silênco e obdiência.

Polly: Recolhe uma amostra e baza daqui!

Jeny recolheu uma amostra e foram amabas para casa.

Polly: Não acredito. Fénix, animal do bem.

Jeny: Que foi?

Polly: Quando uma fénix surge e mata leviatãs deixando-os com os lábios cozidos, significa que Itler se aproxima.

Jeny: Nós não somos judias.

Polly: Não é isso. Muitas pessoas, bruxos, judeus e homossexuais serão sacrificados. Poderão ser feitas lobotizações aos bruxos. Os lábios cozidos é para não gritarem.

Jeny: Onde é que isso nos atinge?

Polly: MAS TU NÃO ENTENDES NADA?! Se matarem alguma bruxa elas poderão lançar um feitiço para a natureza. Poderão invocar espíritos do além para as salvarem! Se invocam Lúcifer, ele vem e mata-te! É o mais provável de acontecer. Temos de terminar isto rápido!

Jeny: Será tão estranho ver judeus pendurados em cada árvore e depois serem esvicerados... Não achas?

Polly: (-.-') Mete lá o olho na liquidificadora. Amanhã procuramos um vampiro alfa... Eles são raros mas há um em Berlim.