Tic-tac, dum dum ...

Tic

Era um dia comum na vida do pequeno Joshua, o pequeno curioso tinha apenas 3 anos e já estava decidido do que queria ser quando crescesse...Ele vai ser um Caçador de tesouros !

É o seu grande sonho. Então lá estava ele se preparando para sua futura profissão, subindo em uma escada velha que se encontra no quartinho da bagunça, para explorar as altas prateleiras presentes no cômodo.

Atchin

Soou um espirro quando o garoto abriu um velho livro de receitas, folheou-o a procura de escritas enigmáticas, mas não encontrou nada que lhe enteressasse então guardou o livro no mesmo lugar onde pegou.

Pegou um outro livro, esse continha uma imagem interessante na capa, um navio em alto mar, um raio cortava o céu escuro atrás do navio e era perceptível a forte chuva.

Havia também algumas letras grandes em um tom de amarelo morto, elas deixavam Joshua ansioso, não pela coloração, não pela fonte, mas simplesmente porque o garoto não sabia ler e ele mal podia esperar para aprender.

Aventura, navio, pirata, tesouro!

Pensou o pequenino.

- Interessante. - sussurou para si mesmo olhando para o livro.

Ele prendeu o livro no elástico do short e colocou a camiseta por cima, pois esse ele guardaria em seu quarto para quando aprendesse a ler, ou simplesmente pediria para que sua mãe lesse para ele antes de dormir.

Com a mão disponível ele pegou outro livro, esse era grosso porem não era tão pesado quanto aparentava.

Ele abriu a capa do livro e se surpreendeu quando viu que se tratava de um livro falso.

- Uaaaauu ... - disse com uma perfeita expressão de surpresa, seus olhinhos se arregalaram e um sorriso surgiu em seu rosto infantil.

Ele se lembra de ter visto um livro desses em um filme antigo, era uma caixa em forma de livro, uma daquelas que as pessoas tiram uma garrafinha de metal, onde tem aquelas coisas que só adultos podem beber.

Mas a que tinha nas mãos de Joshua era diferente, não havia uma garrafa de metal e sim um relógio dourado.

Era redondo, de aproximadamente 15cm de diâmetro, parecia ser antigo, muito antigo e faltava a tampa de trás, dava pra ver todas as engrenagens que faziam os ponteiros rodarem.

Joshua gostou, ele afastou um pouco a gola camiseta e colocou o relógio em cima do livro, apoiando-o em seu peito.

Esse faria parte da sua coleção de 'tesouros'

Ele havia acabado de vasculhar essa prateleira então partiu para a de cima, essa seria um pouco mais difícil pois o garoto já estava no último degrau da escada e ainda precisaria ficar na ponta dos pés.

Ele se esticou ao máximo para pegar uma grande caixa, e como um bom curioso ele conseguiu, logo apoiou a caixa na prateleira de baixo e a abriu com cuidado.

Continha varias fotos do que parecia ser o seu pai e algumas peças de roupa de quando o agora adulto era um bebê.

Joshua olhou as roupinhas, nada de enteressante para ele, mas o forte cheiro de mofo fez o garoto espirrar novamente.

Atchin.

Ele então vai para as fotos, ele olha cada uma atentamente e algumas vezes passava o ante-braço no nariz para limpar a meleca.

As fungadas no nariz ficam cada vez mais frequentes, assim como os espirros .

Joshua decide guardar a caixa, ele a fecha do melhor jeito possível e se estica todo para colocar a caixa novamente na prateleira de madeira.

Ele já estava deslizando a caixa na prateleira para acomoda-la na parede, mas um espirro impede que ele continue a simples atividade.

Atchin, atchin.

Seus pés bobearam no pequeno degrau, ele tenta, mas não consegue retomar o equilíbrio e então o garotinho cai da escada.

Para não bater a cabeça ele ainda no ar se vira, prepara seus bracinhos para amortecer a queda, assim como ele viu em um filme de ação.

Joshua só esqueceu de um pequeno detalhe, de que ele não está em um filme, aqui é a vida real e aqui seus pequenos braços de nada adiantaram, pois seu corpo se chocou fortemente com o chão, fazendo um barulho estranho ao bater no piso e não demorou muito para sentir uma dor forte tomar conta de si.

Ele tentou gritar mas era impossível, sua boca parecia não obedece-lo, ele tentou se levantar, seu corpo todo se esforçando para levantar, mas foi em vão, acabou escorregando em uma poça do seu próprio sangue.

A mãe do garoto apareceu no local, ela se desesperou ao ver o filho ali caido com tanto sangue a sua volta.

- Joshua ?! - ela disse com um tom de agonia.

Ele tentou falar, mas ele estava cansado então ficou ali deitado e  sangrando até suas vistas começarem a escurecer

A cada minuto que passava ele ia perdendo cada vez mais os seus sentidos e a última coisa que se lembrava era de ter ouvido as sirenes de uma ambulância que parecia chamar por ele.

Will dun, will dun, will dun...

⏰

Hiii ^-^

Esta é minha nova bagaça.