Com a bola Toda - Conto Boston Globe

FINAL

Oiiie lindonas, sei que o conto ficou curtinho, mas era essa a intenção mesmo! Não fiquem bravas comigo! 

Muito obrigada por terem aguardado essa história assim como as outras e nos vemos nas demais! 

Vocês são as "caras"!!!

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- Ai meu Deus, Kyrie, eu tô grávida! – Comecei a chorar de desespero.

Grávida?

Como eu cuidaria de um bebê?

- Que notícia boa pra caralho! Vou ligar pra minha mãe pra avisar.

Como ele podia ficar calmo assim quando eu estava entrando em colapso mental? Tinha uma carreira. E por que motivos eu transei com ele sem camisinha uma vez na loucura do momento?

Tá certo que já estávamos juntos há meses, mas eu ainda não me sentia preparada pra isso. Ainda não.

Minhas mãos tremiam. Acho que em algum momento do seu pico de felicidade e êxtase ele percebeu que eu não tinha aceitado aquela ideia ainda. Não que pudesse fazer alguma coisa, só estava em choque.

- Por que tá assim? – Ele pegou as minhas mãos entre as suas de forma carinhosa.

Quem via um homem do tamanho dele, nem imaginava como poderia ser carinhoso e extremamente meigo as vezes.

- Eu estou grávida.

- Está.

- E por que você tá feliz?

- Por que não estaria, Dayane?

- Um filho, Ky. A gente nem sabe se isso vai dar certo.

- Deu até agora, não vejo motivos para não continuar dando. A não ser que você decida de repente não estar mais contente comigo.

- Claro que não, eu gosto de você. – Respondi.

- Só gosta?

- Sabe muito bem que te amo.

- Então por que esse medo, Dayane? Nós estamos aqui e vamos criar essa criança juntos. Não vejo problema nisso.

- Jura pra mim?
- Claro que juro... Sabe muito bem que sou sincero.

- Certo, podemos cuidar disso.

- Podemos sim.

- Ai meu Deus, você tem certeza? – Comecei a me desesperar, de novo.

A ficha caindo, me avisando que o assédio da imprensa seria ainda pior e que agora eu tinha um bebê crescendo em mim. Meu Deus, um bebê! Eu não cuidava nem de mim direito ainda...

- Calma, Dayane. Vai dar tudo certo, respira, que vai dar tudo certo.

Desde quando o homem era o mais calmo com uma bomba dessas?

Eu estava praticamente tendo um infarto!

- Seria bacana ter uma menina que nem a Lily, não acha? Eu queria, já tava pensando em falar sobre isso com você, então essa novidade só apressou o que eu já queria.

- Ai meu Deus, vão achar que eu fiz de propósito Ky!

E iriam mesmo, já conseguia até imaginar as matérias que se seguiriam. Diane era diferente, porque ela estava casada e eu? Meu Deus, eu não estava casada! Então me chamariam de golpista e brasileira safada! Quanto mais eu pensava mais desesperada eu ficava.

- Não, não vão, porque eu só esperava o momento certo, mas pelo visto o momento é agora. – Ele saiu do quarto e voltou instantes depois, sorrindo como um idiota.

Se ajoelhou.

Meu Deus!

- O que vai fazer?

- Pedir você em casamento? – Falou, soando como uma pergunta, rindo da situação.

- Jura?

- Dayane, eu enrolei por um tempo porque não sabia o momento certo, mas percebi hoje que nós fazemos o momento certo acontecer. Então, casa comigo? Gata, me desculpe pela demora, e por deixar que se perguntasse o que eu realmente queria durante esse tempo. Quero você e te garanto que a aparência é ruim, mas a intenção é completamente boa, baby.

O anel brilhando na caixinha, prendendo a minha atenção.

Senhor, eu iria casar! Com o Kyrie!

Ai meu Deus! Acho que eu estava pirando ainda mais do que com a notícia da gravidez.

- Dayane? – Ele perguntou e eu comecei a chorar... – Dayane? Tá me assustando.

- Eu aceito, Ky, claro que aceito! É meu jogador! Como eu não aceitaria?

*****

Nos casamos logo depois que Ayesha nasceu e eu me tornei oficialmente, parte do quarteto de mulheres da liga. Mulheres que não poderiam ser felizes com outros pares. Tínhamos encontrado os nossos, e agora eu entendia que as coisas aconteciam mesmo em linhas tortas, mas no final, cada linha era apenas um complemento da anterior, formando uma página perfeitamente traçada.