Capítulo 3

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Dayane

Diane tinha acabado de sair. Eu estava sozinha no apartamento, pensando em nada, quando ouvi batidas na porta, e me assustei com quem vi assim que a abri.

- Como descobriu meu endereço? – Perguntei, olhando para o corredor, logo depois que ele entrou.

Se Diane aparecesse e o visse aqui, comeria meu fígado acompanhado de farofa. Se bobeasse ela ainda fritaria banana para dar um sabor único.

- Um amigo me deu.

- Johnson sem vergonha! Isso porque eu aceitei ajudá-lo!

- Se sua amiga descobrir, aí sim é que você não vai estar em bons lençóis.

- Não vai descobrir.

- Não se aceitar jantar comigo.

- Que horror, não consegue fazer um pedido melhor? – perguntei, nervosa com a sua presença.

Sua pele morena, da cor do chocolate, seus músculos evidentes, seus olhos negros e suas tranças ainda mais negras não me ajudavam a pensar em nada coerente.

Meu Deus, me ajude a não fazer nada realmente insano e fora dos padrões! Por favor, Deus!

Olhando para o Kyrie no apartamento que eu dividia com Diane, só pensava no quanto queria estrear aquela cama e provar do que realmente eram feitos os astros. Se eu tivesse sorte seriam feitos de coisas maravilhosas, com uma força sobre humana. Tipo não sei, super homem? Devia ser louco transar com o super homem.

Se bem que se ele colocasse muita força não sobraria nem meu cheiro.

Sem problemas, posso lidar com o fato de que não vou transar com o super homem em um futuro próximo.

- Consigo, mas eu não poderia perder a oportunidade de aparecer aqui e te provocar.

- Gosta de provocar?

- Adoro, não é à toa que estou aqui.

- Eu não gosto de provocações.

- Duvido. Você tem cara de quem gosta.

- Tenho é? – Ele devolveu meu olhar avaliativo e minha pele se arrepiou em resposta.

Seus olhos subindo e descendo no meu corpo.

Era puramente sexual, mas isso nunca me soou melhor.

- Com certeza. Sua colega de apartamento volta logo?

Ela voltaria? Sinceramente não sabia. Mas qual o problema em ficar com alguém no meu quarto? Logo depois de levar uma cagada das boas do chefe? Na minha cabeça, notando o olhar lascivo do Kyrie, achava que nada me impediria.

- Se voltar, qual o problema? – respondi na mesma moeda.

Era errado transar com um cara que eu mal conhecia.

Mas qual é! Tinha camisinhas no meu quarto, então eu não via problema nenhum. Seria só matar a curiosidade. Que nesse instante me consumia.

Ele levantou uma das sobrancelhas, claramente concordando com meu ponto de vista e meu Deus, minhas próximas horas seriam totalmente quentes. Quentes até demais. Se Diane chegasse e o apartamento estivesse pegando fogo eu fingiria que tinha saído e voltado tão surpresa quanto ela.

- Então nós vamos poder jogar um pouco.

- Vamos?

- Vamos sim.

Com a bola Toda - Conto Boston GlobeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora