# Capitulo 13 #

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A minha mente está uma roda viva deste ontem. Não consigo raciocinar direito e sinto-me cansada. Cansada e triste.

A noite de ontem não foi fácil, nunca fui dormir chateada com o niall e ontem isso aconteceu. Parecíamos dois estranhos na nossa própria casa, que só dialogavam porque têm um filho bebé em comum. É frustrante.

Eu estava chateada e com razão, ele sabe que eu não gosto dela. Mas ainda assim, ele não fez nada para mudar isso, ele não teve a decência de tentar desculpar-se ou até falar comigo. Nada!

Foi reconfortante sentir que no meio da noite ele abandonou o sofá e foi-se deitar comigo na cama. Foi bom sentir o aperto dele e o conforto dos seus braços ao meu redor mas quando a manha nasceu ele nem acordou para me dar os bons dias como por norma. Vim embora sem dirigir-lhe uma única palava. Eu não me sinto bem assim.

Ele é o homem que amo e eu não sou perfeita. Eu tenho as minhas inseguranças, tenho um feitio complicado, como caracterizou a minha mãe nesta manha, e eu sou ciumenta. Se tenho ciúmes e este jeito quase que doentio, é porque o amo mais do que consigo lidar.

Hoje não estava em condições para vir trabalhar e ainda cuidar do meu filho. Eu sinto-me desmoralizada e perdida em pensamentos, e duvidas.

Decidi deixa-lo com as avos. Elas ficaram contentes quando lhes liguei a perguntar se queriam o pequeno neto com elas no dia de hoje, coisa que elas aceitaram com um grande entusiasmo.

Não fugi ao confronto da minha mãe. Como as mães sempre conseguem ver que algo está mal connosco? Não consigo esconder-lhe nem uma dor de barriga. Mas, ainda assim, é reconfortante desabafar e ouvir conselhos de alguém sábio e que me dá certezas que quer unicamente o meu bem. Ela é minha mãe, sei que terei uma ligação assim com o João. Pelo menos farei por isso.

Depois de ela me ter dito que talvez me tenha precipitado e uma vez mais falado sem pensar primeiro, disse-me também algo que me fez pensar. Ela ficou admirada com a reação do niall, logo ele que sempre tinha algo a dizer e sempre fazia de tudo para nos resolvermos rapidamente. Ela falou em mágoa, ele só pode estar magoado com o que eu disse e isso levou-o ao silêncio.

Depois de muito pensar durante o dia e depois de várias palavras de incentivo do Jack para vir ter ao pavilhão onde os rapazes ensaiam, aqui estou eu.

Não sei quantas vezes já respirei fundo no intuito de ganhar coragem para sair deste carro e enfrentar o niall com o meu pedido, sincero, de desculpas.

Não posso fugir mais, não quero estar mais assim com o homem que amo. Tenho de fazer algo.

Sai do carro decidida a esquecer tudo, não quero sentir este vazio no meu peito novamente. Andei de mãos dadas com ele por dois anos, eu não me sinto alguém sem o niall. Mesmo tendo-o perto de mais. É doloroso.

Quando lá entrei vi logo o Paul. Ele disse-me que eles tinham acabado o ensaio há uns minutos e que alguns deles já tinham ido embora mas que achava que o Niall estava na pequena sala onde fazem a prova de roupa.

Depois de agradecer fui direta ao sítio onde Paul tivera relatado. Assim que me aproximei da porta ouvi umas gargalhadas. Sem dúvida uma seria do niall e só aquele som contagiante fez-me sorrir.

A minha mão segurou firmemente aquela maçaneta redonda e quando abri a porta o meu sorriso caiu.

Niall: tu nunca farias isso. – ele falou rindo.

Hannah: achas mesmo? – ela ria com as suas mãos no cabelo do niall.

Eles não deram pela minha presença e eu não sei se isso me deixava ainda mais chateada.

Irresistible 3   (Acabada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora