— Só que você não sai com a gente... — Taehyung retrucou.

— Estou saindo agora... — cruzei os braços. — A maneira como vocês falam faz parecer que nós não nos vemos há anos... Não é assim.

— Eu sei, mas...

— Eu fico com vocês todos os dias! Só não saímos fora do colégio, mas até parece que antes de eu fazer amigos era diferente... Eu sempre fui caseiro e a gente nunca saiu muito, vocês sabem disso. — falei, interrompendo Taehyung.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Até Hoseok dar uma risada engraçada e envergonhada.

— Tá. Ele está certo. — Jung disse.

— É... — quando Tae confirmou, eu sorri. Ganhei. — Desculpa, Jeongguk. Você cresceu de uma hora para outra, não sei lidar com isso. — realmente parecia que eu era uma espécie de filho dele...

— Olha, só se certifica de não ser atropelado dessa vez. Tá? — falei ao meu primo, que fez uma careta e estalou a língua. Eu ri.

— Não brinca com isso! — resmunga.

— Ok, ok... — murmurei risonho, encostando-me no banco do carro.

Estávamos indo em direção ao nosso colégio para ver um jogo. Eu não queria ir porque estava cansado demaiss. A semana havia sido cheia, muitas provas, trabalhos e até meu amado irmão Seokjin estava me cansando. Ele tem falado no telefone até tarde e não consigo dormir com ele tagarelando do meu lado.

Então o que eu mais queria nessa sexta-feira era: tomar um banho quente, colocar meias de lã e dormir. Dormir até sábado a noite, se possível.

Mas Taehyung atrapalhou meus planos. Quando eu disse que não queria ir ao jogo, ele começou gritar estericamente e até chorou, dizendo que eu esqueci dele e do Hoseok hyung. Então eu tive que lidar com isso e vir com eles, mesmo que, agora, eu esteja quase caindo no sono com o silêncio e ar condicionado gostoso do carro. O banco era tão confortável...

O rádio foi ligado, mas pouco me importei com isso porque a música era boa. Eu conhecia ela e também gostava. Lembrava aquele dia.

Foi a primeira vez que fui na sala de dança e foi um dia depois daquela segunda-feira. É, aquela que eu pedi um abraço na maior cara dura.

Não que eu tenha me arrependido de ser abraçado ou de pedir um abraço. Na verdade, acho que nunca seria capaz de me arrepender de uma coisa daquelas, é só que... Foi um pouco vergonhoso no dia seguinte. Eu fiquei todo tímido só por estar indo vê-lo na sala de dança — pois o mesmo pediu, então, é claro que eu fui — o abraço só serviu para me encabular ainda mais. Porém fui sim vê-lo.

E não me arrependo nada.

Lembro de chegar e olhar de longe, Park Jimin, ensinando e observando as garotas dançarem. Fiquei sabendo que ele era o coreógrafo da dança.

Era terça-feira, três da tarde quando as meninas começaram a dançar. Eu não conseguia prestar muita atenção nelas, obviamente. Jimin analisava-as com os olhos, era incrível como ele trocava os olhares rapidamente, notando todas como dava, e enquanto isso, semicerrava as pálpebras enquanto mordia seus lábios e, ah, ele estava tão sério. E era tão bonitinho.

Por uma grande coincidência, a dança que ele coreógrafa é a mesma que a irmãzinha — que de "Zinha" não tinha nada, ela era quase do meu tamanho — do Sicheng está participando. A tal de ópera Sueca que Mingyu, Eunbi e Sicheng comentaram no dia em que eu fiquei sabendo que Jimin e Minnie eram a mesma pessoa.

Meu amigo não tão imaginário {jikook} EM REVISÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora